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domingo, 12 de agosto de 2012

Mascot Hunting #2

Consegui fotografar mais três exemplares das mascotes Olimpícas que estão por esta Londres fora. Entre elas a minha favorita até agora, que se encontra perto de Oxford Street (onde mais poderia estar?):

 Shopper Mandeville (South Molton Street)

Cycling Wenlock (Grosvenor Square)

Walking Dog Wenlock (South Molton Street)




sexta-feira, 10 de agosto de 2012

I'm spinning around*

Podia ficar horas e horas a olhar para a minha barriga e a vê-la mexer-se. Aparentemente o meu feijãozinho não gosta que eu esteja sentada muito tempo. Prefere que eu ande e o embale num soninho enquanto se balança no quentinho do líquido amniótico que o envolve.
Ontem tivemos um dia muito díficil, em que practicamente não me levantei da cadeira no emprego, apenas para alternar entre a minha bola de ginástica (que proporciona uma visão muito engraçada a quem me vê sentada nela) e a cadeira com apoio lombar. O feijãozinho não morre de amores por esta coisa de passar muito tempo sentado, e passou a maior parte do tempo a mexer-se de um lado para o outro e a dar pontapézinhos (ou murrinhos) na barriga da mãe, como que a pedir que nos mexessemos um pouquinho.
Adoro sentir estes movimentos e ver a minha barriga mexer-se assim! Para alguns pode fazer lembrar uma cena do filme Alien, mas para mim é uma das melhores coisas de estar grávida. Acho que vou sentir falta disto. Pelo menos é o que eu digo agora, mais dois meses e se calhar ja me vou sentir tipo máquina de lavar.

Querido feijãozinho: prometo que hoje vou tentar sair mais da minha cadeira/bola para te poder embalar num soninho descansado!

domingo, 5 de agosto de 2012

Olympic London

Este é um Verão fantástico para se estar em Londres (Verão no sentido teórico, pois no prático é o que se sabe). Depois do Jubileu, começaram finalmente os tão antecipados Jogos Olímpicos Londres 2012.
A cidade está ao rubro, cheia de gente que veio de todos os cantos do mundo participar na festa Olimpica. Os Britânicos estão a levar o evento a sério e é vê-los vestidos da cabeça aos pés com a sua Union Jack, mas os Americanos, Canadianos e Brasileiros não lhes ficam atrás, e por todo lado se vêm pessoas a exibir orgulhasamente a sua bandeira e as cores do seu país. Curiosamente ainda não vi ninguém com as cores ou a bandeira de Portugal.


O nossos bilhetes são só para a semana (outros posts virão), mas hoje fomos aproveitar o sol que intercalou com os aguaceiros e fomos dar um passeio junto ao rio. Havia um mar de gente vestida a rigor, e por todo o lado há parafernália olimpica, ajudando assim a manter este ambiente de festa que se vive na capital Londrina.


Lembro-me quando nos mudámos para Londres de pensar que provávelmente não estariamos cá para os Olimpicos e de ter alguma pena. 2012 chegou sem avisar e cá estamos nós, ainda em Londres, a viver uns Jogos Olimpicos, uma oportunidade que provávelmente não teriamos noutra cidade.

Até o famoso Lord Nelson teve direito a uma mudança de visual, e ganhou um chapéu novo com a Union Jack, apoiando assim a Team GB nestes jogos.



Foram-se as cabines telefónicas artisticas e vieram as mascostes dos JO London 2012. Wenlock (mascote dos Olimpicos) e Mandeville (mascote dos Paralimpicos) estão por toda a cidade "vestidos" de diversas formas e fazem as delícias dos turistas e não só (as minhas também!). Não consegui mais fotos das cabines mas vou tentar apanhar das mascotes.
Hoje consegui umas quantas:

Pirate Wenlock

Rainbow Wenlock


Mandeville

Artsy Wenlock

Big Ben Wenlock

Underwater Wenlock


sábado, 4 de agosto de 2012

"...cause they'll be nothing when you're gone"

Muitas das minhas bandas favoritas são bandas de punk. Nunca tive uma moicana e não sou anti-sistema, mas este tipo de canções curtas de batida rápida sempre me encheram o ouvido. Acabei a adolescência ao som de Bad Religion, Pennywise, Lagwagon, Good Riddance e No Use For a Name. Habituei-me ao ar confuso das pessoas quando à pergunta "quais são as tuas bandas favoritas" eu respondia Lagwagon e NUFAN sem hesitar. Não importava que as pessoas à minha volta não ouvissem a mesma música que eu, era o tipo de música que eu gostava e com o qual me identificava.  Sofri por amor ao som de "Always Carrie", encontrei algo muito melhor do que eu alguma vez pedi graças a "Alien8".

E ainda hoje oiço essas mesmas bandas e vibro nos seus concertos ao vivo.
Uma vez alguém me disse, tinha eu uns vinte aninhos, que eu já não tinha idade para ouvir estas coisas. Não sei o que é mais triste, alguém achar que há uma idade própria para ouvir certos típos de música ou a pessoa que me disse isto ter a mesma idade que eu. Ainda hoje me pergunto que raio de coisas estava ela a ouvir naquela altura que seriam assim tão mais apropriadas para quem tem vinte anos...

Esta semana recebi a notícia através das redes sociais (porque notícias destas bandas nunca saem além da esfera das redes sociais) da morte de Tony Sly, vocalista dos No Use For a Name, uma das minhas bandas favoritas, aos 41 anos. As mortes são sempre em vão, e era bom que podessemos todos ficar cá para sempre, mas 41 é muito cedo para se desaparecer.

Tive a oportunidade de ver NUFAN ao vivo, em Lisboa e em Londres (sendo que em Lisboa protagonizaram uma cena que me vou recordar para sempre, no Paradise Garage, em que o baixista se envolveu numa luta com o segurança por este ter empurrado violentamente um fã do palco). Também tive a oportunidade de ver Tony Sly ao vivo com Joey Cape dos Lagwagon, tocando os seus temas acústicos. Brilhante é pouco para descrever este concerte.

Ficam as músicas que me recordam pedaços da minha vida. Ficam os albúns e as recordações.

RIP Tony Sly!

The Art Box Project II

Fui de férias e entretanto a iniciativa Art Box acabou....com grande pena minha não consegui fotografar e partilhar convosco outras cabines fantástica que estavam espalhadas por esta Londres fora. Com mais pena minha, também não consegui participar no leilão para adquirir uma destas peças, e que bem que ficava uma aqui na minha sala! Óbviamente não por ter ido de férias...mas por razões monetárias!

domingo, 8 de julho de 2012

The Art Box Project

Há umas semanas, comecei a reparar numas cabines telefónicas algo invulgares espalhadas pela cidade. Percebi logo que seria um projecto artistico qualquer, ao género da Cow Parade que houve há uns anos em Lisboa.
O projecto celebra o 25º aniversário da caridade Childline, e consiste em várias réplicas das famosas cabines telefónicas inglesas transformadas por vários artistas. Estas réplicas encontram-se espalhadas por vários pontos da cidade, e serão mais tarde leiloadas e o dinheiro reverterá a favor da Childline.



Hoje vi esta em Spitalfields Market, e adorei. Os autores são The DnA Factory e tem o título "The Poem of Life". As cabines criativas podem ser todas vistas aqui. Entretanto vou tentar fotografar as que encontrar e vou postando aqui para partilhar convosco. Particularmente esta

sábado, 30 de junho de 2012

Amadeus, Amadeus

Quando se está grávida há mil e uma coisas que nos tentam impingir como sendo melhor para o nosso bebé. Não comas isto, come aquilo, Compra isto, compra aquilo. Faz assim, não faças assado. Às vezes torna-se muito dificil mesmo perceber o que é verdade e o que não é...e pode se tornar tão fácil de começar a desesperar perante tanta informação! Às vezes não sei como as nossas mães faziam...isto cheira-me quase tudo a modernices que antigamente ninguém ligava a mínima.

Enfim, uma das teorias que me apresentaram foi o chamado Mozart Effect nos bebés. Segundo esta teoria, as crianças expostas à música de Mozart podem desenvolver um aumento de inteligência a curto prazo imediatamente após a exposição à música - vá tudo a por Mozar nos iPods dos filhotes antes dos testes para melhorar as médias!

Conheci uma mãe recentemente que me jurou que ouvir Mozart ajuda os bebés ainda no útero a desenvolverem-se melhor, e que teve  dois filhos ao som de música clássica. Ok eu sou uma céptica confesso. Mas porque é que o meu filho se há-de dar melhor ao ouvir Mozart do que outra coisa qualquer? Seria Mozart um génio assim tão grande que descobriu o o segredo para um ADN mais apuradinho e melhor organizadinho se deve a uma conjugação especial de notas e de instrumentos? Que me perdoem os fãs, mas não me parece. No outro dia li na net sobre uma mãe que teve o seu filho ao som de Tool. Já alguém fez um estudo sobre o impacto da música de Tool no desenvolvimento dos bebés? Não me parece.

Mas eu sou uma pessoa que gosta de dar opções ao meu bebé - por isso decidi adicionar à minha vasta lista de músicas no telemóvel uns quantos albúms de música clássica.
Comecei por Mozart para Bebés, e foi uma tortura. Mozart tocado em instrumentos estridentes em tons tão agudos que acho que alguns deles só os cães dos vizinhos conseguem ouvir. Poderá ser últil nas longas noites que temos pela frente em que ele não vai querer dormir, mas por agora não durou mais que uns poucos minutos a tocar. Tentei Beethoven e confesso que adormeci passado 10 minutos no sofá. Tentei ainda um albúm com várias músicas clássicas em piano e meh....não me aqueceu nem arrefeceu.

Até que consegui deitar as mãos a uns quantos albuns de Mozart tocados como deve ser, sem instrumentos tipo caixa de música da Chicco. O senhor era realmente genial. Pode não ter descoberto o segredo genético da perfeição...mas esteve perto de descobrir o segredo da música. Acho que da música clássica deve ter descoberto - mas quem sou eu para dizer isso? As minhas preferências músicais são um pouco diferentes.

Por isso agora, entre Metallica e Nirvana, lá está o meu amigo Mozart à espera de ser tocado no meu telemóvel. E ao sábado de manhã, é isso mesmo que eu e o feijãozinho fazemos - ouvimos Mozart e relaxamos juntos. E acho que ele gosta.

Quanto aos mais "conservadores" que acham que deviamos expô-lo mais a punk rock e afins, não puxem os cabelos em desespero - porque a julgar pelas músicas que tenho ouvido durante a semana ele já vai nascer de crista.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Bad Medicine



Ontem tivemos a nossa primeira experiência com as Urgências neste país. Nada de grave, apenas uma lesão futebolística do Rui Costas cá de casa, mas o suficiente para nos termos de deslocar lá para resolver a situação.
Ora bem, as Urgências são iguais em todo o lado, pelo que me pareceu. Uma pessoa chega lá, dá conta do ocorrido à triagem e espera até que lhe chamem. Nada de especial.
Outra coisa que é em tudo semelhante, pelo que me recordo das minhas experiências nas Urgências em Portugal, é a concentração de gente um tanto ou quanto destrambelhada por metro quadrado da sala de espera. Em 1,5 hora que durou a nossa visita, tivemos 3 encontros de primeiro grau com três espécies a precisar de a) tratamento psiquiátrico ou b) um par de estalos.
Senão vejamos:

1. O primeiro contacto com gente tresloucada deu-se comigo enquanto esperava que o lesionado fizesse um raio x. Fiquei a conhecer o chamado "tresloucado-bully". É certo e sabido que as cadeiras das salas de espera dos hospitais não são das mais confortáveis do mundo. Principalmente para alguém cujo centro de gravidade está um pouco desviado, e cujo simples acto de estar sentada possa se tornar numa pequena tortura para as costas. Ora quando isto me acontece, a única forma de aliviar é sentar-me à "chinês" como se costuma dizer. Eu sei, e assumo a culpa, que não é bonito por os pés em cima das cadeiras. Eu sei. Mas posso puxar dos galões e dizer que estando grávida, é mesmo a única forma de me aliviar do mau estar causado por estar sentada em cadeiras pouco confortáveis? Posso? Eu até nem tenho usado a minha condição para usufruir de tratamento especial (ok, à excepção daquela poltrona insuflável no Rock in Rio!)...achei que me perdoariam a transgressão.
Ora estava eu entretida com o meu telemóvel à espera, provávelmente a ver quem andava a fazer o quê no Facebook ou coisa que o valha, quando oiço uns gritos: "Oi! Oi!" Para quem não está familiarizado com esta esta expressão em Inglês, o "Oi!" é uma forma de calão usada para chamar a atenção a alguém em género de desaprovação. E estava a ser dirigido a mim. Pelo segurança das Urgências. Do outro lado da sala. Não contente com esta forma de chamar à atenção muito pouco ortodoxa, o senhor ainda continuou num tom de voz como de quem repreende um adolescente que leva um chocolate sem pagar de um supermercado : "TIRA OS PÉS DE CIMA DA CADEIRA JÁ!".
A minha reacção foi de sair daquela posição de imediato, o que pareceu agradar ao bully do segurança que desapareceu para outra sala qualquer,  provavélmente muito orgulhoso de si mesmo por ter gritado a uma grávida. A reacção seguinte foi fazer beicinho e lutar contra uma lágrima teimosa. E antes que me comecem a julgar lembro que nesta altura do campeonato eu choro a ouvir o hino nacional nos jogos da selecção, ou por ver uma foto de gatos fofinhos, por isso acho que até me portei lindamente ao conter as lágrimas. Por mim, a última reacção foi fazer uma queixa formal. Azar do senhor segurança bully, já tinha avistado os papéis dos comentários enquanto tentava passar o tempo. Azar do senhor, eu gosto de escrever, especialmente quando me irritam ou causam beicinho. Azarinho mesmo do senhor segurança, eu tinha uma caneta na mala, e algum tempo em mãos.

2. O segundo espécie do "tresloucado-hooligan" foi testemunhado pelo J. enquanto esperava pelo seu raio x. Um senhor, com ambos os braços acabados de ligar devido ao que pensamos ser queimaduras, é informado que tem de ficar em observação durante a noite, e que já lhe estão a preparar um quarto. Preocupação do senhor: "Mas assim, onde é que eu vejo o futebol?!!!". É bom saber que certas pessoas têm as prioridades certas.

3. Por fim, o meu espécie favorito: o "tresloucado-idosa-amarga". Há sempre uma em todas as urgências. Acham sempre que a sua maleita é pior que a dos outros todos, e que deviam ter uma sala de espera só para elas, assim género "frequent flyer" das Urgências. Usam sempre as cadeiras do lado para os seus sacos e saquinhos, e ai de quem ousar pedir para se sentar ali, mesmo que seja o último banco de toda a sala de espera e que a pessoa em questão tenha acabado de perder um braço. Depois de a ver resmungar por isto e aquilo, topei-a logo mas não me indignei por aí além. Quando me cruzo com alguém assim fico sempre a pensar nas razões pelas quais levam uma pessoa a ficar assim tão amarga com a vida e com todos os seres vivos à face da terra. E tento não julgar, porque a vida às vezes é bastante cruel. Então esta situação já se passou mais para o fim da nossa visita às urgências. Enquanto o J. esperava os resultados do raio x, eu fui levantar dinheiro para o táxi para casa e comprar umas bolachinhas porque as nossas barrigas já estavam a dar horas. Voltei à sala de espera, e a senhora amarga, chamemos-lhe assim, tinha ocupado o meu lugar ao lado do J. Tudo ok, havia um ao lado dela e sentei-me lá, ao som de um resmungo (pelos vistos ela não gosta mesmo de companhia). Troquei umas poucas palavras com o João, mais resmungos. Passei-lhe um pacote de bolachas. Mais resmungos. O João devolveu-me o pacote das bolachas....e caíu o Carmo e a Trindade. Abateu-se o céu, abriu-se uma fenda no chão e de lá saiaram os mais horriveis monstros e demónios que possam imaginar. E resolver encarnar naquela senhora de feições franzinas e ar de quem está zangada com o Universo. "Quantas vezes mais é que vão continuar a fazer isso? Isso incomoda-me! Estou doente! Parem de passar coisas e falar um com o outro!".
Ora se uma das minhas reacções no primeiro caso foi fazer beicinho...neste caso foi primeiro de choque, depois de simpatia por aquela senhora, que verdade seja dita, deve ser um pouco solitária. Depois de lhe explicar que tinhamos fome, e que 95% das pessoas naquela sala de esperam sofriam de uma maleita de qualquer espécie (e depois de ouvir mais uns resmungos entre dentes da parte dela) resolvi ignorar e continuar a comer a minha Oreo sem me chatear muito. Pouco tempo depois ela foi chamada e podemos continuar a conversar - longe de mim querer perturbar a senhora ainda mais com a minha bolacha de chocolate e creme no meio. E foi nesta altura que reparei nos olhares de apoio e nos sorrisos de compreensão que algumas pessoas pessoas me deitavam. E pensei...espero não chegar à idade dela tão amarga com a vida. Espero que a minha memória me permita recordar este episódio, para me lembrar que não vale a pena stressar por uma bolacha.

domingo, 24 de junho de 2012

God Save The Queen She Ain't No Human Being

Tenho mil e uma coisas na minha lista mental de coisas a relatar neste blog. Mas a verdade é que muita coisa tem acontecido nos últimos meses deixando-me com menos tempo para vir aqui. Aos poucos, com os bocadinhos de tempo que vou tendo entre as mil e uma coisas que tenho que fazer, tratar, resolver...vou tentar fazer um ou outro update que ainda faça sentido.
Este é um blog sobre as minhas experiências em Londres, e como tal em ano de Jubileu não poderia deixar de fazer um pequeno relato daquela que foi a festa inaugural de um Verão que se assegura muito quente em Londres - quente no sentido figurado óbviamente, porque o Verão deve estar perdido no trânsito a caminho aqui da ilha. Falo do Jubileu da Rainha pois então.

Ora em Maio do abençoado ano de 2012, a Rainha Isabel II celebrou o seu Jubileu de Diamante - os 60 anos desde a sua coroação. Os britânicos em geral gostam da sua família real (claro que há sempre umas vozes do contra, que realmente acham que esta coisa de se nascer com direitos a mandar num país sem ter feito nada por isso é assim digamos que, absurda) e estas celebrações demonstraram isso mesmo. Claro que pode também ter sido pelo facto de por estas bandas não se dispensar uma oportunidade de beber uns copos, mas a verdade é que Londres se uniu em celebrar os 60 anos de reinado da sua rainha.

As ruas encheram-se de bandeiras, bandeirinhas e bandeirolas. As lojas apostaram em stocks de produtos com a Union Jack, desde pacotes de chás comemorativos, a Tshirts, quadros, almofadas, roupa de cama, roupa interior, carrinhos de bebé...enfim, tudo o que consigam imaginar. Houve uma tentativa de limpar as ruas da cidade de forma a estar tudo num brinquinho para as celebrações...e para mim o melhor momento dos preparativos foi ver o staff todo de um dos Starbucks em Oxford Street de rabo para o ar a arrancar pastilhas elásticas do passeio em frente ao estabelecimento, numa tentativa de embelezar o gigante do café fraco.

Um fim de semana prolongado, que envolveu 2 feriados (apenas um extra oferecido ao povo, o outro foi movido da semana anterior), um passeio de barco exuberante no rio Tamisa, chuva, frio, roupas glamorosas, festas de rua, mais chuva, mais frio, concertos em Hyde Park (incluindo Madness a tocar "Our House" no telhado do Palácio de Buckingham), missas em Saint Pauls, e chuva, chuva, chuva. Típicamente britânico portanto, como podem ver. Nem a famosa chuva faltou à festa, já disse?

Quanto a nós, cuja monarquia não nos corre nas veias, também quisemos participar na euforia britânica e aproveitámos um dos feriados para fazer uma Tea Party típicamente britânica, onde não faltaram os "must have" de uma mesa de chá das 5:

  • Scones com clotted cream e doce
  • Sandes de pepino
  • Coronation chicken
  • Morangos com natas
  • Chás variados
  • Pimms
  • Fairy Cakes (nada de lhes chamar cupcakes, que isso é nome americano!)
  • entre muitos outros petiscos de fazer água na boca


E ainda aprendemos alguma coisa mais sobre a cultura do país que nos acolhe graças a um fabuloso quizz sobre tudo o que é britânico, e acima de tudo, tivemos tempo de explicar porque é que em Portugal não há monarquia.

Tudo muito saboroso e divertido. Ficou a certeza que os Britânicos falam falam, mas gostam bastante da sua    Rainha. E acima de tudo, que sabem preparar uma festa. E que mesmo que chova a cântaros...resistem e continuam com uma resiliência que deixa qualquer um de boca aberta.


A Família Real (o Will teve um acidente com as natas dos morangos, não estava em condições de entrar na foto)



Um pormenor do nosso banquente



Fairy Cakes (deliciosos!!)



Príncipe Filipe, sempre inconveniente!

+1

Eu sou dois. Um mais um. Eu continuo a ser eu mesma mas ao mesmo tempo estou diferente. Tenho em mim todos os sonhos do mundo, como diria o mestre. Eu tenho um pequeno milagre que cresce de dia para dia e que enche os nossos dias de esperança e de alegria e de vontade de começar a nossa vida realmente. Porque o que vai ficar para trás não vai importar tanto - o que importa é o que vem aí. Novos desafios, novos feitos, novas formas de amar, de viver, de encarar o dia a dia, o futuro. Quem eu sou e quem eu quero ser - uma pessoa melhor todos os dias. Um bom exemplo. Alguém a quem seguir.
O peso nos ombros é muito, mas o amor que vem de dentro é muito maior. O medo é substancial...mas até os mais corajosos descobridores sentiram receio antes de se lançarem nas suas aventuras. Porque a recompensa supera qualquer medo.
Eu sou dois. Em breve seremos três. E eu  mal posso esperar por conhecer aquele que me vai mudar para sempre!


terça-feira, 22 de maio de 2012

What is that bright round thing in the sky?!!

Apos literalmente semanas seguidas de ceu cinzento e chuva teimosa, o sol voltou a brilhar inesperadamente nos ceus de Londres. E eu a pensar que afinal o ceu nao era azul, era mesmo cinzento, e que a lembranca que eu tinha do ceu azul era apenas um desvaneio da minha cabeca privada de vitamina D.
O dia comecou cinzento e parecia contrariar as previsoes de 25 graus e ceu azul, mas a meio da manha tudo mudou e o sol voltei a brilhar. Eu juro que me pareceu ouvir uma musica classica como som de fundo para tal milagre. Mas foi muito provavelmente imaginacao minha.

Ao almoco fiz questao de sair, de andar e apanhar uns raios solares, mais que nao seja para logo a noite poder nao tomar o sagrado comprimido da vitamina D. Londres e realmente uma cidade que se transforma quando esta bom tempo – havia tanto potencial nesta cidade fantastica se o tempo assim o permitisse. Chinelos de enfiar no dedo, tops de alsas, oculos escuros, gelados, frappucinos, cervejas na mao e acima de tudo sorrisos nos labios e brilho no olhar. Se os londrinos sabem se divertir quando esta chuva, imaginem quando esta sol!

A ver vamos se isto e finalmente a Primavera que nos e devida (embora 25 graus seja mais um muito bom dia de Verao neste pais) ou apenas um ameaco. Eu espero que pelo menos se mantenham nos 20s. Mesmo que seja nos vinte e poucos. E que esteja sol, ja agora!

Hoje e dia de aproveitar e sair a rua!

Nota: texto nao editado (peco desculpa pela falta de acentos!)

sábado, 19 de maio de 2012

Carmina Burana

Lembram-se deste anúncio?



Esta infame música deixava-me assim a modos que um bocadinho receosa pela vida. O senhor a surfar nas ondas enormes, a senhora com ar esgaziado, a voz off a tentar ser tão poderosa como a música...resultavam numa combinação que causava no pequeno ser de 6 aninhos que eu era um grande tumulto. De tal modo, que me levantava para mudar de canal quando o anúncio aparecia. E na altura não havia telecomandos...por isso a maioria das vezes quando eu chegava à televisão já o anúncio era outro. Enfim, o bastante para me quase traumatizar ao ponto de não querer trabalhar em Publicidade.

Ora ontem, quis o destino que fossemos assistir à Carmina Burana no Royal Festival Hall no SouthBank Centre. Os mais atentos sabem que a música acima é "O Fortuna", acto que abre e que fecha a cantanta "Carmina Burana" de Carl Off. Quem sabe numa tentativa de enfrentar o quase-trauma causado pelo anúncio da Old Spice, estava decidida a ir, e acho que se pode dizer que foi uma boa terapia. Admito que já consigo ver o anúncio sem tremer como varas verdes.

Tocada pela Orquestra Filarmónica de Londres, foi um excelente espectáculo, impressionante pela precisão da orquestra, pela mestria do maestro, pela voz do coro, do baritono e soprano, pelo coro de rapazes com os seus penteados díspares que me fascinaram (desde o corte à tigela ruivo ao corte estilo Moss do IT Crowd) mas principalmente....pelo senhor responsável pelos pratos!!! Aquilo sim meus amigos, é instrumento que impressiona. Era ver o senhor a bater os pratos com precisão tal que causava inveja a qualquer tuga batedor de panelas na passagem de ano.

Também ficamos assim a conhecer mais uma sala de espectáculos desta nossa Londres, riscando assim o Royal Festival Hall da nossa lista de salas a visitar. A mencionar os fantásticos camarotes que nos fizeram lembrar qualquer coisa....


 Não vos lembra nada? Assim tipo...isto?

All Garve


Este blog tem andado ao abandono. Cheio de pó e teias de aranha, cá anda ao sabor dos poucos bocadinhos que tenho para escrever. Ainda bem que não faço disto o meu ganha pão, senão estaria neste momento a passar muita fominha.

Parece que foi ontem, mas no passado mês de Abril celebrámos um ano de casamento. Bodas de papel diz quem percebe desta coisa de protocolos de celebrações. Inicialmente tinhamos planeado uma coisa em grande: iriamos viajar até Singapura e Bali mas por uma muito boa razão tivemos de adiar a viagem. Mas acabámos por ter um dia muito bom na mesma, com bastante significado.

Fomos até Lagos, (re)visitar a cidade onde fizemos a nossa primeira viagem juntos. Éramos jovens e com pouco dinheiro, por isso o alojamento mudou um pouco desde esses tempos idos: trocamos a nossa pequena (muito pequena) tenda pelo Tivoli Lagos, e as latas de atum pelo peixe fresco dos restaurantes.

Daqui em 2003...
.

... para aqui em 2012!




Metemo-nos à estrada, rumo à A2 sentido Sul, e o caminho foi todo feito practicamente sem trânsito, com muitos poucos carros quer num sentido quer noutro - fenómeno fácilmente explicável pelo preço exorbitante das portagens, Depois de uma pequena aventura pelas ruas estreitas de Lagos, lá encontrámos o nosso hotel, lá largámos a nossa pouca bagagem e fomos até à Meia Praia, onde soube tão bem sentir a areia quente debaixo dos pés, o ar do mar a entrar pelos pulmões e o sol a tostar a nossa pele sequiosa de vitamina D.

Eramos só nós e os ingleses (e alguns alemães), apanhámos um bom sol, comemos boa comida…descansámos e aproveitámos a companhia um do outro. E pagámos uma fortuna em portagens e gasolina obviamente (sou só eu que acho estes preços um escandâlo?)!

Que venham muitos mais assim!










segunda-feira, 19 de março de 2012

Happy Fathers Days

E depois do dia da Mãe no Reino Unido, hoje é dia do Pai em Portugal.

A figura do Pai é menos idealizada que a da Mãe no que a romanticismos diz respeito, mas eu acho que merecem igualmente uma singela homenagem de alguém que é filha e muita admira o seu pai por tudo o que ele fez ao longo da sua vida para tentar que as coisas fosse mais fáceis para mim e para a minha irmã.

Por isso paizinho, obrigada por todos os teus sacrifícios, e desculpa por todo o trabalho que te demos, todas as preocupações! Que até podiam ser mais, nós até fomos umas lindas meninas, olhando para trás!

Obrigada pelos bons momentos, pelas horas de riso, por me teres mostrado que o Benfica era o Maior (podia lá ser outro!), por me teres livrado do vício do Tulicreme, pelos passeios de barco no Verão, pelas canções cantadas em conjunto nas longas viagem de Mini...por tudo!

Por isso, aqui fica a canção que te pediamos para cantar cerca de 56 vezes por viagem de cada vez que nos levavas a passear no nosso saudoso bolinhas. E que nos cantavas sempre com um sorriso e com direito a um grande final como na original e tudo.

Feliz Dia do Pai!

domingo, 18 de março de 2012

Happy Mothers Day

Os Britânicos sempre gostaram de ser diferentes. Senão, ora vejam:

  • Recusam-se a aderir ao Euro;
  • Medem-se em pés em vez de metros, o que pode causar o simples acto de saber quanto medimos num exercicio matemático;
  • Pesam-se em libras, mas não as monetárias, embora acredito que alguns valham mesmo o seu peso em ouro (outros nem tanto);
  •  Têm fichas de electricidade diferentes da "Europa" (como eles arrogantemente se referem à Europa continental, como se eles fizessem parte de um outro continente). Ora isto é uma chatice, pois faz com que tenha de andar sempre de adaptador atrás sempre que viajo;
  • Festejam o dia da Mãe/Pai a dias diferentes, causando o terror aos estrangeiros que vivem por cá quando pensam que se esqueceram de mandar uma mensagem às mães que vivem noutros países.


Eu teimo em festejar estes dias nos dias a que estou habituada, mas já que tenho a possibilidade de festejar duas vezes porque não? Até porque todos os dias são dias da mãe/pai, é como o Natal.

Por isso à minha mãe, à minha irmã, às minhas amigas e a todas as mães, um Bom Dia da Mãe à Inglesa!


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Just another day in paradise

Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
A força de monótono, é diferente.
E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo.

Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
De várias cores.

Álvaro de Campos, in "Poemas"



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Behind the Mask

Desde pequena que me lembro de festejar o Carnaval. De adorar as serpentinas, as pinturas, os brilhantes. Os fatos dedicamente cosidos pela minha mãe, desde cow-girl a princesa, passando por fada, enfermeira, capuchinho vermelho. Lembro-me das noites passadas com a minha mãe em sedes de escolas de samba: enquanto ela cosia com outras mulheres que tentavam ganhar uma luta contra o tempo usando lamé e lantejoulas, eu brincava com as outras crianças às escondidas, ao fogo à barra, ou a imitar as meninas mais crescidas que iam no desfile.

Fui crescendo e o fascínio pelas escolas de samba foi decrescendo, mas não o fascinio pelo Carnaval em si. Na minha terra diz-se que a vida são dois dias, e o Carnaval são quatro. Quatro noites em que tinhamos de pensar em quatro fatos diferentes para sair nas quatro noites de Carnaval. Dançar no ginásio ao som de marchas carnavalescas cantadas com um sotaque brasileiro dúbio eram algo pelo qual ansiávamos durante meses. As escolas de samba eram naquela altura apenas um barulho distante durante o dia, que nos impedia de dormir e recuperar forças para mais uma noite de folia.

Das máscaras de menina passei a vestir-me de Morte, de Robin dos Bosques, de Sininho, de Mecânico, de Indiano vendedor de rosas (não há politicamente correcto no Carnaval minha gente!), de Indiana, de M&M vermelho, até de Acorrentados (uma noite com uma data de gente acorrentada não é tão divertido como se possa pensar).
Assisti passivamente ao ponto de viragem que foi o surgimento dos grupos olodum, e para ser do contra juntei a minha voz (nem sempre afinada) a uma escola de samba que era uma verdadeira família. Durou pouco esta brincadeira,  mas as noites de Carnaval foram sempre uma altura do ano pela qual ansiar. Correr as sociedades, tirar uma foto à porta do Grémio e dançar ao som do "Amigo Charlie" no meio do ginásio era o expoente máximo do adolescente.

Sempre me causou alguma confusão as pessoas que não gostam do Carnaval. Não porque não gostam, mas porque não entendem quem gosta. Na maioria das vezes são pessoas para quem o Carnaval significa máscaras de meter medo e balões de água. É como dizer que não se gosta de Coca-Cola quando só se experimentou Cola do Minipreço.

O tempo passou e veio a universidade, o emprego, a vida adulta. Foram-se o ginário, as fotos no Grémio, e a busca da máscara perfeita. Vim para Londres e o Carnaval passou a ser um dia em que se comem panquecas antes da quaresma. Mas sempre ficaram as memórias no coração.

Por isso este ano voltei ao Carnaval, às máscaras, às pinturas na cara e às tintas no cabelo. E diverti-me e extravasei em passei um bom bocado, e quero sem duvida voltar a repetir.
Mas para o ano há mais, porque a magia do Carnaval é essa mesma, serem quatro dias em Fevereiro que valem por muitos mais.

Venha a Páscoa!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A foreigner mistake

O maior erro que se pode cometer quando se conversa com um estrangeiro em Londres é assumir que ele vem de um país que não é o seu. Especialmente se o país pelo qual perguntamos tem uma história qualquer com o país de origem. Tenho uma amiga da Lituânia cujo facto de lhe perguntarem se ela é Polaca é o suficiente para ela terminar a conversa no momento. Ou perguntar a um austríaco se ele é alemão. Ou a um português se ele é...espanhol.

Andou D. Afonso Henriques a bater na mãe para em pleno século XXI os estrangeiros não conseguirem distinguir o sotaque português do sotaque castelhano. E é tão simples...nó somos aqueles que conseguem pronunciar palavras qe começam pela letra S, como Spain, Special...(não se diz Espaine, nem Especiale, pelo menos em Inglês minha gente!). Outra coisa fácil distinguir é o facto de conseguirmos diferenciar a letra J da letra Y. Ainda me rio ao pensar no casamento junkie que uma amiga espanhola me descrevia, e que afinal não era um casamento cujo brinde era feito com heroína mas sim um casamento de americanos (yankee).

A verdade é que após 5 anos em Londres não houve uma única vez quem alguém se tenha deitado a adivinhar o meu pais de origem e adivinhasse. Sou espanhola 50% das vezes, contra 45% italiana, 2% de um pais qualquer de leste, 2% outros e 1% americana (sim alguém perguntou se eu era americana, ao que este mundo chegou).

O que é certo é que Portugal tem um problema de notoriedade além fronteiras e isso também se aplica ao nosso sotaque. Tão raro é alguém identificar a nossa origem pelo modo como falamos que se eu apostasse nisso as probabilidades de ganhar seriam de 1/100000.
Por outro lado, isso dá a todos os portugueses a viverem fora do pais um sexto sentido para encontrar conterrâneos. Eu quase sempre consigo identificar um dos nossos à légua, nem sei bem explicar porque...mas quando há duvidas, basta ouvir falar (em inglês, em português seria demasiado óbvio claro) para saber que é um apreciador de bacalhau com grão e cerveja Sagres. Um género de código só nosso, vamos lá. Tipo maçonaria, mas em bom.

PS: Esqueci-me de dizer que ao contrário de muito boa gente, a mim não me chateia nada que me perguntem se sou espanhola. Até me dá algum gozo jogar o jogo ao qual eu gosto de chamar "de onde é que tu achas que eu sou?". E nem sempre ganho, como foi ontem o caso que me inspirou a escrever este post, ao perguntar a uma rapariga se era espanhola quando na verdade era...peruana. Foi o entusiasmo de conhecer alguém latino que me toldou o julgamento, só pode.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

London Love

Já lá vão 5 anos de Londres. Eu sei que estou sempre a pensar na próxima ida a Portugal, no cheiro maresia da minha Sesimbra, na alma da minha Lisboa, mas a verdade é que Londres já é minha também. Acabei de passar pela famosa London Bridge, e ao ver a Catedral de São Paulo iluminada de um lado, e a Torre de Londres de outro...não consigo deixar de dar comigo a pensar que estou em Londres, caramba! Londres também é minha e eu também sou de Londres, cidade para mim ainda entre as mais bonitas do mundo. Porque há cidades que nos tocam na alma e com as quais nos identificamos, e Londres sempre foi como eu, e eu como ela, mesmo antes da primeira vez que a vi, turista impressionada com edifícios de conto de fadas.
Por isso sou estrangeira aqui, mas também o sou na minha terra: deixei de ter uma só raiz para ter várias que se ligam e se tocam e me fazem como eu sou.
Porque se eu não fosse feliz por cá, nada fazia sentido.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Please Stand on the Right

Já aqui muitas vezes falei do metro de Londres, bem e mal. É impossível escrever sobre esta cidade e passar ao lado daquele que é o mais antigo metropolitano do mundo (primeira estação abriu em em 1863) e o segundo maior do mundo (primeiro sendo Shangai). O metro de Londres faz parte da história desta cidade, e desempenhou um papel muito importante na história da capital britânica, desde a Segunda Guerra Mundial em que serviu de abrigo a milhares de pessoas durante os bombardeamentos que a cidade sofreu, até mais recentemente onde foi alvo de atentados terroristas que tiraram a vida a 52 pessoas.

A linha do metro de Londres serve 270 estações, e é composta for 402 km de carris, sendo um importante meio de transporte numa das cidades mais populosas do mundo. Com tanta história e tantos anos de utilização, muitas estações foram entretanto desactivadas, o que faz com que nas catacumbas de Londres hajam muitas estações antigos que já não estão em uso, e que escondem segredos e têm muitas histórias para contar.

Por isso anualmente, o Museu do Transporte de Londres abre a estação de Aldwich ao público temporáriamente, para que seja possível visitar uma estação conservada quase como era aquando a sua abertura, em 1907. Estas tours são muito populares, e os bilhetes muito díficeis de arranjar, mas este ano consegui ser rápida com o rato e garanti dois bilhetinhos.

A estação de Aldwich foi desactivada devido ao baixo número de passageiros e o alto custo de manutenção. Entretanto tem sido usada em vários filmes, desde V de Vendetta a Attonement. Tem sido também usada para testar materiais para as restantes estações - desde cola para cartazes a novos azulejos.
Antes de ser desactivada, e durante a Segunda Guerra Mundial, foi usada para guardar relíquias/tesouros do British Museum, e como abrigo para vários Londrinos durante os bombardeamos de que a cidade foi alvo pelos Nazis.

Uma estação cheia de História e histórias para contar (não, eu não escrevo de acordo com o novo acordo ortográfico), e que me deu a conhecer mais um pouco desta bela cidade que me acolhe de braços abertos.




Elevador original


 Zona usada para filmagens

Antigo mapa do metro

Cartazes antigos (segundo anúncia a "nova" estação de Epping)

Cartazes antigos


Cartazes antigos
 
Cartaz a anúnciar bilhetese regras para usar estação como abrigo durante bombardeamentos

Cartazes antigos
 
Cartazes antigos



Cartaz da época psicadélica a anúnciar o famoso museu Madame Tussaud's

Cartazes antigos

Carris desactivados

Cartaz a anúnciar beneficios do Reino Unido se juntar à Comunidade Económica Europeia 

Sinal de saída original

Cartazes Antigos

Balcão de assistência original

Sinal de índicações original