Muitas das minhas bandas favoritas são bandas de punk. Nunca tive uma moicana e não sou anti-sistema, mas este tipo de canções curtas de batida rápida sempre me encheram o ouvido. Acabei a adolescência ao som de Bad Religion, Pennywise, Lagwagon, Good Riddance e No Use For a Name. Habituei-me ao ar confuso das pessoas quando à pergunta "quais são as tuas bandas favoritas" eu respondia Lagwagon e NUFAN sem hesitar. Não importava que as pessoas à minha volta não ouvissem a mesma música que eu, era o tipo de música que eu gostava e com o qual me identificava.
Sofri por amor ao som de "Always Carrie", encontrei algo muito melhor do que eu alguma vez pedi graças a "Alien8".
E ainda hoje oiço essas mesmas bandas e vibro nos seus concertos ao vivo.
Uma vez alguém me disse, tinha eu uns vinte aninhos, que eu já não tinha idade para ouvir estas coisas. Não sei o que é mais triste, alguém achar que há uma idade própria para ouvir certos típos de música ou a pessoa que me disse isto ter a mesma idade que eu. Ainda hoje me pergunto que raio de coisas estava ela a ouvir naquela altura que seriam assim tão mais apropriadas para quem tem vinte anos...
Uma vez alguém me disse, tinha eu uns vinte aninhos, que eu já não tinha idade para ouvir estas coisas. Não sei o que é mais triste, alguém achar que há uma idade própria para ouvir certos típos de música ou a pessoa que me disse isto ter a mesma idade que eu. Ainda hoje me pergunto que raio de coisas estava ela a ouvir naquela altura que seriam assim tão mais apropriadas para quem tem vinte anos...
Esta semana recebi a notícia através das redes sociais (porque notícias destas bandas nunca saem além da esfera das redes sociais) da morte de Tony Sly, vocalista dos No Use For a Name, uma das minhas bandas favoritas, aos 41 anos. As mortes são sempre em vão, e era bom que podessemos todos ficar cá para sempre, mas 41 é muito cedo para se desaparecer.
Tive a oportunidade de ver NUFAN ao vivo, em Lisboa e em Londres (sendo que em Lisboa protagonizaram uma cena que me vou recordar para sempre, no Paradise Garage, em que o baixista se envolveu numa luta com o segurança por este ter empurrado violentamente um fã do palco). Também tive a oportunidade de ver Tony Sly ao vivo com Joey Cape dos Lagwagon, tocando os seus temas acústicos. Brilhante é pouco para descrever este concerte.
Ficam as músicas que me recordam pedaços da minha vida. Ficam os albúns e as recordações.
RIP Tony Sly!