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sábado, 4 de agosto de 2012

"...cause they'll be nothing when you're gone"

Muitas das minhas bandas favoritas são bandas de punk. Nunca tive uma moicana e não sou anti-sistema, mas este tipo de canções curtas de batida rápida sempre me encheram o ouvido. Acabei a adolescência ao som de Bad Religion, Pennywise, Lagwagon, Good Riddance e No Use For a Name. Habituei-me ao ar confuso das pessoas quando à pergunta "quais são as tuas bandas favoritas" eu respondia Lagwagon e NUFAN sem hesitar. Não importava que as pessoas à minha volta não ouvissem a mesma música que eu, era o tipo de música que eu gostava e com o qual me identificava.  Sofri por amor ao som de "Always Carrie", encontrei algo muito melhor do que eu alguma vez pedi graças a "Alien8".

E ainda hoje oiço essas mesmas bandas e vibro nos seus concertos ao vivo.
Uma vez alguém me disse, tinha eu uns vinte aninhos, que eu já não tinha idade para ouvir estas coisas. Não sei o que é mais triste, alguém achar que há uma idade própria para ouvir certos típos de música ou a pessoa que me disse isto ter a mesma idade que eu. Ainda hoje me pergunto que raio de coisas estava ela a ouvir naquela altura que seriam assim tão mais apropriadas para quem tem vinte anos...

Esta semana recebi a notícia através das redes sociais (porque notícias destas bandas nunca saem além da esfera das redes sociais) da morte de Tony Sly, vocalista dos No Use For a Name, uma das minhas bandas favoritas, aos 41 anos. As mortes são sempre em vão, e era bom que podessemos todos ficar cá para sempre, mas 41 é muito cedo para se desaparecer.

Tive a oportunidade de ver NUFAN ao vivo, em Lisboa e em Londres (sendo que em Lisboa protagonizaram uma cena que me vou recordar para sempre, no Paradise Garage, em que o baixista se envolveu numa luta com o segurança por este ter empurrado violentamente um fã do palco). Também tive a oportunidade de ver Tony Sly ao vivo com Joey Cape dos Lagwagon, tocando os seus temas acústicos. Brilhante é pouco para descrever este concerte.

Ficam as músicas que me recordam pedaços da minha vida. Ficam os albúns e as recordações.

RIP Tony Sly!