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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Day Twenty-Four: Animal

Não há um único dia que passe em que eu não sinta a tua falta.
Em que eu não sinta saudade de sentir o teu quente no meu colo, eu que eu tenha vontade de afagar o teu pêlo sedoso.
Não há em dia em que eu não pense que tu ias adorar esta casa nova, que ias poder brincar e apanhar sol e dormir pelo chão aquecido.
Não há dia em que eu não pense ouvir o teu ronronar no nosso quarto à noite, ou pareça ver-te aproximar da porta quando entro em casa.
Não há em dia em que me pergunte porquê?, em que pense que mais poderia eu ter feito para te ter salvo, embora todos me digam que não havia nada a fazer.

Não há dia em que eu não pense que falta um poucochinho à nossa família...




Foggy: Maio 2004 - Janeiro 2009

domingo, 30 de outubro de 2011

Day Twenty-Three: Sunflare

A hora mudou ontem. E por mais que me anime festejar a festa da uma da manhã mais uma vez, fico apreensiva ao pensar que a partir de agora os dias tornam-se ainda mais curtos, com o sol a pôr-se pelas quatro da tarde, levando consigo mais um dia. Vai ser assim mais uns quantos meses, o Inverno Londrino, fresco e ríspido e comprido. O sol esconde-se e teima em não aperecer durante uns tempos.
Mas eu até gosto do Inverno em Londres: gosto dos cachecóis e dos lattes ao fim de tarde, das luzes de Natal e dos cântigos, do aquecedores de orelhas e dos gorros.
Porque tudo tem o seu lugar na Natureza, e por agora é tempo de o Sol que esconder, e guardar a sua força para o ano que vem. E nós cá aguardaremos com paciência!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Day Twenty-Two: Hands

Quando era pequena o meu pai costumava dizer que eu tinha dedos de pianista. Pena só ter os dedos, tocar piano nunca foi uma qualidade minha! As minhas experiências musicais nunca passaram do solfejo na sociedade filarmónica do nosso bairro, de tocar os parabéns a um ritmo de lesma no meu orgão casio ou de escrever canções com as amigas. Por isso pode-se dizer que os dedos de pianista não me valeram muito para a música...mas ficou a intenção
!

Windy City

Chicago é suposto ser a Cidade Ventosa, graças aos ventos caracteristicos causados pela proximidade com o imenso Lago Michigan (que parece nunca mais acabar visto do avião, uma imensa massa de água que mais parece um oceano, fazendo juz à sua fama por ser a segunda maior massa de água doce do mundo. Mas foi pouco ou mesmo nenhum o vento que apanhámos. Em vez disso, sol e temperaturas a rondar os vinte e muitos fizeram com que após uma semana de calor fora de época em Londres, o nosso Verão fosse extendido por mais uma semana de calor fora de época em Chicago.


Embora sendo terceira maior cidade dos EUA, mesmo assim é notória a diferença entre Chicago e Nova Iorque: menos pessoas, menos confusão, mais descontração,mais sorrisos, mas ao mesmo tempo parece que falta um pouco do tão caracteristico buzz da cidade que nunca dorme, em que há sempre alguma coisa de interessante a acontecer.

Mas eu gostei bastante de Chicago por isso mesmo, por ter um personalidade própria, e aquilo que muita gente apelida de estéril, eu achei intrigante e relaxante. Mas a razão pela qual eu gostei tanto da capital do estado do Illinois foi a sua arquitectura: prédios modernos ladeados por exemplos magníficos de art deco fazem com que esta cidade seja um belo exemplo da arquitectura moderna. Isso e as suas ruas largas, praças e o lago mesmo ali a lado transmitem uma sensação de espaco, de liberdade, que não senti tanto em NY.


E as esculturas modernas? Fantasticas, desde Picasso ao fabuloso “Feijao” de Anish Kapur - sem dúvida uma das minhas coisas preferidas em Chicago.

Aqui ficam algumas fotos da cidade onde Al Capone fez história (tinha de referir isto, certo?)


Water Tower @Magnificent Mile 

 Wrigley Building @Magnificent Mile




The Bean @Millennium Park

L (Elevated) Train

Debaixo do L Train 



Millennium Park
 @Museu de Arte Moderna

 @Magnificent Mile

 @Magnificent Mile












Wayne Enterprises?

Macy's

 Wrigley Building by night

Chicago Tribune Building

 @Bank of America Marathon of Chicago

@Bank of America Marathon of Chicago


 
@Oak Street Beach

 @Oak Street Beach

 

 @Chinatown

 John Hancok Centre visto do Lake Michigan

Willis Tower vista do Lake Michigan


 Vista da Willis Tower
@Field Museum





segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Day Twenty-One: Faceless Self Portrait

É um retrato. Meu. Tirado por mim. Sem rosto. Dia 21: Done!


domingo, 23 de outubro de 2011

I think I'm turning Japanese

Uma das muitas coisas que me fazem gostar de Londres é a facilidade com que encontramos um restaurante indiano ao lado de um chinês, japonês, etíope, afegão ou português.

Quando saí de Portugal já haviam alguns restaurantes japoneses aqui e ali pela cidade de Lisboa - mas ainda não era moda comer sushi ao pequeno almoço, almoço e jantar como parece ser agora na nossa capital. Por isso acho que passei o primeiro ano em Londres a experimentar quase todos os restaurantes japoneses que encontrava. Gosto bastante de comida japonesa, de sushi a teriyaki, passando pelo katso curry e pela tempura, introduzida pelos portugueses no Japão. Até das malditas wasabee peas eu gosto (e sempre dão jeito para desentupir o nariz dada a sua pujança!).

Hoje fomos ao Japan Centre em Picaddilly Circus abastecermo-nos de produtos nipónicos. O Japan Centre é um mercado de produtos japoneses, sejam eles pronto a comer, revistas, kits de fazer sushi, máquinas de cozer arroz, algas ou bules para chá. Está sempre cheio de japoneses que fazem as suas compras semanais ou de ocidentais com queda para o sushi. No coração de Londres, é possível ser-se dos poucos não japoneses dentro deste mercado!

Para dar àsas à minha paixão por comida japonesa (e olhem que a minha cara metade não gosta menos que eu) decidimos comprar ingredientes e fazer-nos à estrada rumo as delícias nipónicas feitas em casa. E porque gostamos de ser diferentes (leia-se porque queriamos começar por algo fácil), decidimos que as nossas primeiras experiências seriam com miso soup e gyosas. Depois conto como correu!



As nossas comprinhas de hoje: pasta miso, tofu, algas e gyosas.

Day Twenty: Bokeh

Bokeh (do Japonês boke ぼけ, "blur") é um termo usado na Fotografia referente às áreas fora de foco e distorcidas, produzidas por lentes fotográficas
in Wikipedia

Para o tema de hoje vou recorrer a uma foto não tirada para este desafio, tirada o Verão passado antes de ir para o aeroporto para voltar para Londres, no final de mais umas férias bem passadas. Lembro-me desta tarde, de ter a família reunida na nossa casa, sobrinhos incluidos, e de vermos fotografias antigas e de rirmos com histórias de dias (bem) passados.

Foto original (e mais lembranças dessas férias aqui).

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Day Nineteen: Something Orange

Para o tema de hoje escolhi as minhas túlipas de madeira que trouxemos de Amesterdão em Junho, quando lá fomos celebrar o nosso 10º aniversário. Foi das lembranças de férias que menos me custou, 1€ se não me falha a memória, e encaixam na perfeição em duas jarritas que andavam há anos cá por casa sem fazer nada de útil.

Gosto de trazer qualquer coisa de todos os sitios onde vamos, pequenas recordações que vivem aqui e ali na nossa casa e são testemunhos de bons momentos que passámos juntos, e que evocam também momentos futuros que nos irão trazer mais alegrias e experiências.

Eu sou uma "guardadora". Não de rebanhos, mas de memórias (não serão ambos a mesma coisa segundo o poeta?), e tenho de lutar comigo mesma para não guardar todos os papelinhos, mapas, bilhetes, talões de todas as viagens que faço. Não haveria nunca espaço suficiente em casa alguma para manter tudo o que tento guardar de recordação.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Day Eighteen: Shoes

Após alguma labuta, os meus sapatinhos de sonho! Aproveitei o câmbio dólar-libra e os saldos e voilá!
Eu não sou pessoa de usar saltos nem de andar à caça do acessório perfeito, mas estes sapatitos já andavam a assombrar-me vai para muito tempo. Não são para todos os gostos bem sei, mas são tanto a minha cara que até dói!

E cá estão eles, os meus sapatinhos de Cinderela, Lady Dragon by Vivienne Westwood for Melissa.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Day Seventeen: Technology

Interessante tema este! Isto porque a technologia é um peso na minha vida, no sentido literal da palavra!
Passo a explicar...

Para esta foto fotografei os gadgets ou aparelhómetros que prometem tornar a nossa vida mais fácil (será mesmo?) com que ando diáriamente. São 5 os ditos cujos, 5 aparelhómetros que pesam na minha mala de gaja e me que fazem passar por uma lunáticanizinha doida por tecnologia.

Aparelhómetro 1: Telemóvel Português, onde me mantenho em contacto com a família e amigos que vivem no nosso querido rectângulo. Podia passar sem ele? Podia, e conheço gente que ao chegar a Londres rápidamente de desfez de tal vínculo à terra mãe. Mas eu gosto de pensar que estou à distância de uma chamada local caso a minha família e amigos precisem de mim, ou eu precise deles. Por isso, continuo a andar com ele todo o santo dia, enquanto há bateria.

Aparelhómetro 2: Telemóvel Inglês, porque também tenho de estar contactável para a família (sim porque agora posso dizer que tenho família cá!) e amigos Londrinos, este parece-me óbvio.

Aparelhómetro 3: Leitor de mp3, porque quem me conhece sabe que eu tenho de andar sempre com música atrás. A minha vida tem banda sonora, e sou eu que a faço! Não gosto de viver ao som da música dos outros.

Aparelhómetro 4: Kindle - demorei a aceitar este mas quando o fiz a minha vidinha mudou. Posso carregar os livrinhos que quiser, fazer download quando me apetece, e ler onde me dá na real gana. Gosto muito de livrinhos em papel sim senhor, é outra coisa, mas o espaço em casa (e na mala) escasseia, e gosto de pensar que estou a salvar algumas árvores não (deixem-me sonhar vá!)

Aparelhómetro 5: Telemóvel do emprego. Ahh se eu podesse via-me livre deste. Mas não posso, o trabalho assim obriga e lá me aumenta o peso na mala. Pelo menos ao fim de semana posso ignorá-lo. Bom, quase sempre!


PS: pontos extra para quem descobrir o sexto aparelhómetro nesta foto e ao mesmo tempo ignorar as marcas das minhas dedunfas no iPod!

domingo, 16 de outubro de 2011

Day Sixteen: Long Exposure

Pois...long exposure. Perdoem-me os mais conservadores mas vou ignorar este tema. Tirar fotos com telemóveis não me permite grandes desvaneios...além disso acho que ninguém quer saber das minhas qualidades como fotografa, não é esse o propósito deste blog.

Por isso vou postar um bocadinho do meu Domingo. Depois de um sábado preguiçoso hoje decidimos sair à rua para não darmos em maluquinhos. O Outono chegou em força a Londres e já se sente o fresquinho das temperaturas a rondar os 15 graus. Os casacos de meia estação (ou de Inverno em Portugal) já estão a uso e tenho quase a certeza que as sandálias não vão saltar para fora do armário tão cedo. O tempo já puxa as malhas para fora, os lenços e as encharpes, e os sapatos fechados. Mas não me queixo - há qualquer coisa aconchegante e reconfortante neste tempo, o beber cafés à tarde e conversar sobre tudo e sobre nada, o ficar mais um bocadinho na cama de manhã porque já está friozinho e custa a sair dos lençois quentes.  Vá, deixem-me aproveitar esta sensação de conforto antes que chegue Janeiro e eu esteja a deitar frio por todos os meus porozinhos e a pedir aos santinhos que mandem sol e calor cá para esta ilha plantada no Atlântico.

Para ir de acordo com esta disposição Outonal hoje fomos ao pub almoçar o tradicional Sunday Roast. Aos domingos, os pubs enchem-se de grupos de amigos ou familias em almoços tardios, e o tradicional é o famoso assado (de vaca, porco ou borrego), acompanhado de batatas e legumes assados e o Yorkshire Pudding, que ao contrário do que parece insinuar não é um pudim ou sobremesa, mas sim um género de pastel feito de farinha, leite, e ovos. Nada mau!

Deixo-vos com a foto do nosso Sunday Roast, e prometo que amanhã volto aos temas propostos!

sábado, 15 de outubro de 2011

Day Fifteen: Silhouette

Hoje foi um dia preguiçoso. Estava a precisar disto: ficar em casa e não fazer nada além de dar um jeito na casa e ver TV no sofá. Estava uma sombra de mim mesma. Sinto-me outra!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Day Fourteen: Eyes

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Eugénio de Andrade, Adeus

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Day Thirteen: You With 13 Things

Odeio fazer malas. Pensar no que vou precisar, de como vai estar o tempo, se preciso de um casaco mais grosso, que líquidos levar, como encaixar tudo o que preciso, ou penso precisar, em tão pouco espaço.

Mas fazer malas é sinónimo de aventura, de conhecer algo novo ou reencontrar algo familiar. É sinónimo de tempo livre e longe da secretária, é sinónimo de descanso e de sorrisos e de sol a brilhar (ainda que chova). É a promessa de gargalhadas, de descobrir algo que não conhecia, ou nunca tinha reparado antes.

Eu adoro viajar, e se tivesse tempo e dinheiro fazia disso uma profissão. Mas não gosto de fazer malas, e pior que isso, odeio desfazê-las porque é sinal que estou de volta à vida real, ao mundo das 9h às 6h, ao ter que ir para a cama porque amanhã é dia de trabalho e não porque estou cansada devido a um dia bem passado. É sinal de voltar à terra e às responsabilidades, ao mundo tal como ele é e não como eu gostaria que fosse.

Por isso a minha foto com treze coisas (mais que treze pois claro, porque isto de passar uma semana noutro continente requer alguma tralha) é da minha mala de viagem, ainda cheia da viagem que acabou hoje, mas que ficará para sempre guardada como mais uma bela experiência e memória.

E eu estou lá na foto, é só procurar!


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Day Twelve: Sunset

Para fugir à regra (já sabem que eu sou assim um pouco anarca no que a este desafio diz respeito) hoje vou postar uma foto que não foi tirada de propósito para o 30 dias 30 fotos. Esta foto foi tirada em Abril, no outro do mundo. Este é para mim, o pôr do sol mais bonito do mundo, e ver esta fotografia aquece-me a alma.
Credo que estou tão lamechas. Prometo deixar-me disto em breve, juro!