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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

My Xmas

Embora pense que não somos os únicos com esta mania, é tradição na minha família fazer a àrvore de Natal a dia 8. Tenho boas recordações deste dia em criança, sempre gostei do ritual de fazer a àrvore, pendurar o anjo no topo, e especialmente de pendurar os pais natais de chocolate que o meu pai nos comprava (e que desapareciam sempre misteriosamente antes do Natal). Mesmo estando longe, não deixo de cumprir esta tradição. Embora numa escala muito mais pequena. A nossa árvore londrina mede cerca de 20 centimetros e tem mini bolas e mini fitas a condizer. É pequena mas tem um grande significado.


Para compensar a nossa mini-àrvore, Londres tem uma maxi arvore em Trafalgar Square. Um pinheiro real, que vem todos os anos da Noruega, desde 1947. Este pinheiro é um gesto de agradecimento da cidade de Oslo para com Londres, devido ao apoio prestado durante a Segunda Guerra Mundial. Talvez por isso tenha uma beleza muito simples, como podem ver na fotografia.


O Natal aproxima-se e cada vez mais se nota a loucura típica da época pelas ruas. Aqui nesta foto fica registada (embora seja um registo um pouco desfocado) o desfile de pais natais em patins em linha junto a Picadilly Circus. À frente dos pais natais seguiam umas quantas senhoras em trajes menores a abrir o cortejo. Penso que tambem iam em patins, mas como fiquei tão chocada devido às baixas temperaturas que se faziam sentir, não tomei muita atenção. Lamento o sucedido!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Step by Step

Estava eu a ver um programa qualquer daqueles fantásticos na TV inglesa, quando na pausa para compromissos comerciais vi o seguinte anúncio (inglês para uma marca inglesa):



Reconhecem?

Ahhh o quentinho na barriga, a lágrima teimosa a querer saltar do olho, a famosa saudade...é a Lisboa que eu amo!

domingo, 23 de novembro de 2008

Cake...in a mug?

Desde que há uns tempos recebi um mail a explicar como fazer um bolo de chocolate em poucos minutos que andava com vontade de experimentar. O mail vem com quantidades precisas, instruções e fotos de todos os passos da receita. Basicamente involve farinha, açúcar, ovo, chocolate em pó e leite. Mistura-se tudo numa caneca com uma colher de óleo e depois, 3 minutos no microondas na potência máxima.

O resultado final foi este:

A confecção do bolo foi um fartote de riso, e acho que toda a experiência valeu por isso. Porque o bolo, não diria que estava intragável, mas é assim mais parecido com uma esponja com sabor a chocolate do que um bolo de chocolare. Ideal quando descobrimos que o colega do lado faz anos e nós não comprámos bolo. Se o escritório tiver microondas, é só por uma vela e já está.

Portobello

Finalmente as temperaturas começaram a estar mais de acordo com a época. Não que fique especialmente contente por isso, mas deixa-me um pouco mais descansada no que diz respeito a problemas de aquecimento global e assim. Por outro lado, também já temos de ligar o aquecimento e encher o saco de água quente para nos aquecer, o que às vezes causa algum transtorno, como diria o outro.

Esta manhã quando acordamos para dar comida à Foggy, espreitámos pela janela e deparámo-nos com um manto branco de neve nos telhados. Infelizmente estava com demasiado sono para tirar uma foto, e quando acordei a chuva que entretanto tinha caído já tinha derretido tudo. Prometo que para a próxima vou tentar ser mais rápida a sacar da máquina fotográfica.

Apesar da descida das temperaturas este fim de semana, não deixámos de sair. Ontem fomos até Notting Hill, mais própriamente até Portobello Road. A nossa missão: comprar um presente de Natal. O frio que se fazia sentir não fez diminuir o habitual número de turistas na zona. Portobello Market é uma das maiores atracções turisticas de Londres. Aos sábados Portobello Road enche-se de bancas de velharias, frutas e vegetais frescos, comida, roupa, souvenirs. Não é própriamente o mercado mais barato de Londres, mas consegue-se encontrar coisas interessantes.

Notting Hill é uma zona 'bem', das mais caras para viver no centro de Londres. Mas as casas pintadas de cor pastel são tão deliciosas que sempre que lá vou fico com vontade de me mudar, mesmo com a forte probabilidade de não conseguir dormir aos sábados devido à confusão dos turistas e do mercado.

Como ainda não vos tinha falado deste mercado, tirei algumas fotos com o telemóvel, para vos mostrar as minhas partes favoritas.


As já referidas casas pintadas de tom pastel:

A loja d'Alice, pintada de vermelho vivo e sempre rodeada de gente a posar para fotos ou simplesmente a remexer nas bancas à procura de algum produto interessante.


A caminho de Portobello Road, a original montra de uma pastelaria (nem imaginam como que foi dificil tirar esta foto, com tantos italianos a posar para fotos).

No final, a nossa missão não foi cumprida, pois não conseguimos encontrar o tal presente. No entanto ficou mais um passeio agradável, e muitos encontrões para passar entre a multidão. Pelo menos deu para aquecer um pouquinho. Ah, e também não vimos o Hugh Grant nem a Julia Roberts.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

I'm dreaming of a white Christmas...

No fim de semana passado fomos ver as luzes de Natal da zona mais comercial de Londres: Oxford Street, Regent Street e Piccadilly Circus.
Com tanto zumzum acerca da crise económica, não foi uma surpresa assim tão grande constatar que este ano os arranjos luminosos estão realmente mais pobres.

Eu gosto muito da época natalícia em Londres: apesar do número impossível de imaginar de pessoas às compras, sente-se no ar um cheirinho a Natal, que o frio ajuda a caracterizar. As montras enchem-se de tons vermelhos e dourados, comem-se mince pies a acompanhar o café latte, as árvores de natal surgem a todas as esquinas. Tudo isto no faz sentir um pouco natalícios, ou talvez seja só da música ambiente nas lojas...


Aqui ficam algumas fotos dos arranjos natalícios deste ano.


Carnaby Street


Regent Street / Piccadilly Circus

Regent Street

Hamleys, famosa loja de brinquedos em Regent Street:

Oxford Street

Oxford Street - John Lewis

Oxford Street - Debenhams

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Crossing the bridges in the land of the forgotten

Sábado foi dia de concerto. Punk-rock! E foi óptimo, especialmente por ter sido cidade-mãe do movimento punk. Mais uma vez, no mítico Astoria (que será demolido no final do ano, mas sobre isso 'postarei' mais tarde), apinhado como poucas vezes o vi, para ver Rancid, com GBH a abrir. Muitas cristas, blusões com picos, cabelos de diferentes cores, calças justinhas e/ou aos quadrados. Tudo como esperado. A actuação foi o que se previa: um espectáculo muito bom, sem nunca parar, a deixar o público em êxtase. E claro com algumas tiradas contra o sistema (especialmente contra a lei que proibe fumar dentro de salas de espectáculos e afins), ou não seria este um concerto punk-rock. Fez-me pensar a certa altura, que mesmo se os Rancid fossem a Portugal, não iria passar por uma experiência assim: um concerto punk rock em Londres é como ver um jogo da NBA nos EUA. Fora do seu local de origem, perde alguma piada.

E porque os punks, por muito anárquicos e contra o sistema que sejam, já não passam sem o telemóvel ou máquina fotográfica, aqui fica o video da música Rejected, ao vivo no passado sábado no Astoria (infelizmente não se consegue ver a agitação do publico):

terça-feira, 11 de novembro de 2008

I want to ride my bicycle

Em Roma, sê romano.
In London, be a Londoner.
Em Londres, como um muitas outras cidades da Europa que não são famosas pelas suas 7 colinas, é muito comum ver ciclistas. A caminho do trabalho, às compras, ou simplesmente a apreciar o passeio. Mesmo quando chove (e por estas bandas até chove algumas vezes) é vê-los a pedalar vigorosamente para tentarem ser mais rápidos que a própria chuva. Pensar em pedalar para o trabalho, tentar chegar cedo para conseguir lugar na garagem, tomar um duche e sentar na secretária com uma taça de porridge, é algo que nem passa pela cabeça da maioria dos portugueses.
Dizem que após alguns anos a viver num país estrangeiro se começa a assimilar os seus hábitos e costumes. Ora eu ainda não cheguei ao chá com leite nem a jantar às 6 da tarde, mas a verdade é que já tenho uma bicicleta:



Pois é, uma bicicleta linda, com cestinho como não poderia deixar de ser, que me foi carinhosamente oferecida no meu aniversário (obrigada!). Após alguns passeios percebi que afinal ainda me lembro como se anda de bicleta (eu sei, eu sei que nunca se esquece, mas vá lá dizer isso ao meu inconsciente).

Mas por enquanto ir para o emprego neste modo de transporte está fora de questão. Ainda não me considero apta a tamanha façanha. Quem sabe um dia! Por enquanto, as minhas aventuras limitam-se a pedalar até ao parque e dar umas voltas por lá. Perto de nossa casa há um parque grande, com muitos caminhos por onde correr e andar de bicleta, campos para jogar futebol e ténis e um lago grande com patos, e esquilos que vêm comer às nossas mãos. Também há uma zona com cabras e coelhos, e veados. Ao fim de semana, e especialmente se o tempo o deixar, fazem-se muitos piqueniques, e familias inteiras vão andar de bicicleta ou de patins. E é para aí que vou, pedalando pela estrada, munida de capacete e luzes reflectoras (segurança é muito importante), e sempre com a sensação que vou pelo lado contrário ao trânsito.

Se um dia vou ter coragem suficiente para pedalar para o centro da cidade, onde os autocarros e os black cabs governam, é um incógnita. Por enquanto prefiro disfrutar dos prazeres do nosso parque. Mas fica aqui a promessa que assim que isso acontecer, farei um post sobre isso.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Remember, remember the Fifth of November...

E agora, um pouco de História:

Em 1605, deu-se a Gunpowder Conspiracy, uma conspiração por parte de um grupo inglês católico, que tinha por objectivo assassinar o rei James I. Guy Fawkes fazia parte deste grupo, mas logrou os planos ao ser apanhado enquanto guardava a pólvora necessária para a execução do plano, que consistia básicamente em fazer explodir o Palácio de Westminster, onde se encontra o tão famoso Big Ben.


E porque é que vos estou a contar isto, perguntam vocês? Porque é interessante, ora essa. E porque queria-vos falar da Bonfire Night, que se celebra todos os anos a 5 de Novembro, para comemorar o acontecimento acima descrito. Todos os anos nesta altura, os britânicos (e não só, visto também ser comemorado em alguns outros países da Common Wealth) comemoram o Guy Fawkes.

Inicialmente obrigatórias por decreto real, as celebrações consistem em fogueiras onde se queimam bonecos que representavam Fawkes. Muitas crianças pedem 'penny for the guy' de modo a patrocinar as fogueiras onde se queima o Guy. No entanto, parece-me que hoje em dia as fogueiras já não são tão usuais quanto isso, e como tudo evolui nesta vida, as comemorações modernas são fundamentalmente à base de foguetes e fogo de artíficio, lançados por quem queira celebrar o Guy Fawkes. Ou seja, na semana do 5 de Novembro, ouvem-se foguetes pela noite fora. Isto foi algo que me intrigou há 2 anos atrás, altura em que passei uma semana em Londres antes de me mudar definitavemente. Não sabia nada do Guy Fawkes e tanto barulho intrigou-me. Nada que não resolvesse com uma busca no Google.


Não sei se viram o filme 'V de Vingança', mas a acção decorre à volta destas celebrações.


Há uns tempos num forúm online vi uma discussão sobre este assunto, em que alguns portugueses achavam uma barbaridade típica dos ingleses queimar bonecos em fogueiras. Não achei nada de chocante, talvez por achar isto tudo um pouco familiar, fazendo-me recordar a queima do Judas nas sexta-feiras santas e o Pão por Deus no dia de Todos os Santos. Embora pense que já não se queime o Judas na Páscoa, lembro-me de ser uma prática recorrente na minha pequena vila à beira mar plantada, quando era pequena, e de ver o pobre do boneco a arder e pessoas a darem-lhe com paus para arder mais depressa, julgo eu. Talvez seja chocante na essência da coisa, mas não nos devemos chocar com os ingleses por fazerem tal coisa, visto nós próprios fazermos o mesmo, apenas com alvos diferentes. Mais uma vez, não somos assim tão diferentes como pensamos.

domingo, 2 de novembro de 2008

Gente da minha terra...



Lembro-me de quando era pequena pensarmos em Fado como algo que não era nada 'fixe', como algo que usávamos para descrever alguém a quem faltava o factor 'cool'. "Ah e tal é um cromo deve ouvir fado!" e coisas do género.


Eu cresci a ouvir fado. O meu pai ouve muito e canta muito também. Canta em casa, embora eu sempre achasse que ele tinha uma boa voz para se aventurar mais em noites de fado e assim. Eu nunca liguei muito ao Fado, mas hoje reconheço muitos fados graças ao meu pai e a sua mania de nos acordar aos sábados de manhã com os seus discos a tocar. Lembro-me de muitos fados que ele ainda canta, todos tristes e com histórias terríveis que me faziam arrepiar entre os lençois da cama quando o ouvia cantar aos sábados de manhã. Histórias de crianças envenenadas com bolos destinados aos cães dos vizinhos, pais de familia que roubavam para alimentar a familia mas que estavam arrependidos, pais que morriam na guerra ao imaginar as filhas a dizer 'papá'. Enfim, um rol infindável de histórias tristes que sacavam lágrimas ao mais forte lá do bairro.


Cresci sempre de costas voltadas ao Fado, pois não era 'fixe' e os posters da Amália não ficavam nada bem nas paredes do meu quarto.

Até que descobri a Mariza, que me fez re-descobrir o Fado. Vá, podem dizer à vontade que não sou 'fixe', mas já vai bem longe o tempo em que me importava com isso.


Ontem fui ver Mariza ao vivo ao Barbican Centre. Claro que encontrámos muitos portugueses por lá, mas também muitos ingleses em um de dois concertos esgotadíssimos em Londres. Mariza tem uma excelente presença em palco, interage com o público e com os músicos lindamente e ainda conseguiu ensinar os ingleses a dizer ''Guitarrada''. Confesso que tinha algumas dúvidas sobre a voz dela, era um pouco céptica em relação à sua voz ao vivo, mas confesso que engoli todas as dúvidas, Mariza tem de facto uma voz magnifica. Tão magnifica que calou o Barbican Centre ao cantar uma música sem microfone. Impressionante.

O Fado não tem de ser triste, e exemplo disso foi o final do concerto, em que Mariza colocou a audiência de pé a cantar e a dançar 'Rosa Branca'. Muito bom. O Fado não é só sobre saudade, sobre mágoas e tristezas. O Fado também pode ser feliz e fazer-nos felizes.


A ideia de que 'Portuguese do it better' pode bem não ser sempre verdade, mas muitas vezes é. Só é pena nós, os portugueses, não nos apercebermos disso na maioria das vezes.


Mariza, a primeira portuguesa a cantar no David Letterman's Show:



Se isto não vos deixa orgulhosos, não sei o que deixará.

sábado, 1 de novembro de 2008

This is Halloween


O último dia do mês de Outubro é motivo de festejo em muitos países. É Halloween. Em Portugal, o que me lembro de festejar é o facto de ser feriado no dia a seguir. Lembro-me quando era pequena de ir pedir ''Pão por Deus'' à praça, e voltar com nozes, amêndoas e castanhas no saco. Ocasionalmente uns figos, mas eu tentava esquivar-me aos figos, nunca os apreciei muito. Era assim um espécie de "Trick or Treat" à portuguesa, uma versão mais saudável.

Bom, o Halloween é tipicamente americano, mas qual Starbucks, está a estender os seus tentáculos pelo mundo fora. Penso que esses tentáculos já chegaram cá à algum tempo, de modo que já se torna uma coisa mais ou menos normal por estas bandas. Daí alguns supermercados colocarem na entrada avisos a dizer que não vendem ovos e farinha a crianças nesta altura do ano. Excelente, se algumas crianças ainda não se tinham lembrado de fabricar uma mistela deste calibre para atirar a quem passa, depois de verem tal anúncio a primeira coisa que vão fazer é correr aos armários da cozinha, e caso as mamãs estejam com um stock de ovos e farinhas em baixo podem sempre ir a um dos muitos supermercados que ainda não embarcaram nestas pseudo-protecções.

Quinta-feira é o dia preferido para as empresas festejarem coisas por cá. A minha agência não foi excepção. Quinta-feira tivemos competição de esculpir abóboras, e tenho a dizer que fiquei impressionada com os resultados. Só veio reforçar a ideia da creatividade que há por lá. À noite foi o baile de Halloween. Infelizmente não consegui comparecer (à hora que saí do emprego já muitos estavam a sair do baile) mas consegui ver muitas máscaras interessante. Desde o gangue da Laranja Mecânica a 227530 Jokers, passando por uns quantos vampiros e gatas sexy.

Ontem quando saí do trabalho deparei-me com um cenário surreal de vampiros a apanhar o autocarro e mortos vivos a conduzir automóveis. Parecia que tinha acordado num filme de terror.

Depois de três fins de semana de muita agitação e divertimento, este fim de semana só quero descansar e estar no meu cantinho sossegada. Por isso o nosso plano de Halloween ontem foi muito simples, mas do melhor. Involveu o sofá, um balde de pipocas, e a edição especial do 'Nightmare Before Christmas' do Tim Burton. Genial!


Idle

As minhas sinceras desculpas pela falta de actualização do blog. As últimas semanas foram uma correria: muito trabalho, muitas visitas boas, algumas mudanças em casa, e uma ida até Portugal, durante a qual fiquei um ano mais velha.
O tempo passou rápidamente de muito agradável a muito frio - em duas semanas passámos de andar de manga curta a tirar os casacos de Inverno do armário à pressa para nos aquecermos. Só posso agradecer ter estado em Portugal quando nevou por cá. Já não nevava em Londres em Outubro à quase 80 anos por isso acho que perdi qualquer coisa histórica. De qualquer forma, preferi estar em Portugal com sol e um clima mais ameno.
Aqui ficam algumas fotos das mini férias tugas:




Bom, estou de volta!

domingo, 12 de outubro de 2008

Socks


Uma vez conheci um senhor inglês, que esteve em Portugal algum tempo a dar formação na agência onde estava a estagiar, e que me marcou devido à sua exótica escolha de meias. O senhor andava sempre de fato, e sempre com as faces rosadinhas de subir a rua até ao escritório debaixo de um sol abrasador (estávamos no Verão, um dos Verões mais quentes de que tenho memória). Foi o primeiro choque de cultura portuguesa-inglesa que assisti: nenhum de nós tinha coragem de subir aquela rua no Inverno, quanto mais no Verão, (acreditem, era uma combinação de ruas mesmo muito íngremes), no entanto ele fazia-o sempre, sem sequer pôr a hipótese de apanhar um autocarro. Foi o primeiro índicio de que os ingleses são mais corajoso do que nós no que diz respeito a andar a pé. Bom, mas esse senhor, como andava sempre de fato, usava as suas meias como escapatória para uma indumentária tão aborrecida. Usava sempre meias de correr garridas e com padrões bizarros, fazendo com que em reuniões a nossa atenção se focasse nos seus pés em vez do assunto que estava a ser tratado. Esta atracção por meias garridas parece repetir-se por cá. Tenho um colega ultra-conservador, que embora trabalhando numa agência em que a grande maioria das pessoas usa tshirt e calças de ganga (e se o tempo permitir havaianas), insiste em usar fato todos os dias, excepto à sexta feira que é o seu dia casual, sendo que às vezes, num acesso de quase loucura, se permite usar uma camisolazita. Quando anda de fato, permite-se um devaneio e usa sempre meias amalucadas. As minhas favoritas são as meias 'jogo de futebol', cujo padrão consiste, basicamente, em vários jogadores de futebol sobre um fundo verde-relva. Também há o par de meias patriotas - com uma enorme bandeira do Reino Unido e que gosta de combinar com os botões de punho com o mesmo motivo. Eu acho bem, é um pequeno detalhe que dá alguma alegria a um conjunto algo enfadonho.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Babyliss

Sabemos (ou confirmamos as nossas suspeitas) que estamos num ambiente diferente quando a meio de um dia de trabalho, encontramos uma colega a esticar o seu longo cabelo, usando um daqueles ferros quentes para esse efeito. Foi o cheiro a quente que a denunciou.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ich bin ein Berliner!

Fui recentemente a Berlim. Sinceramente a razão pela qual ainda não postei nada sobre esta viagem é porque tenho andado sem inspiração, e gostava de escrever algo digno para a experiência que foi. Como não sei quando a inspiração vai voltar, e não quero correr o risco de passar a validade para vos falar deste assunto, resolvi fazê-lo agora.

Berlim, há que dizê-lo com frontalidade, é uma cidade espectacular. Mas esta é a minha opinião, vocês são livres de pensar o contrário! E é uma cidade espectacular porquê, perguntam vocês? Por várias razões: a arquitectura, a História (muitas vezes negra) e o que foi feito para ultrapassar essa mesma História, a arte moderna, os contrastes, o ambiente extrovertido e ao mesmo tempo quase campestre, as diferenças e as semelhanças.

Mais uma vez acordámos a horas menos próprias e voámos para Berlim, chegando lá ainda cedo e a tempo de preencher o nosso dia visitando os marcos históricos berlinenses. Preenchemos quase os 3 dias todos que lá estivemos, com tempo ainda para alguns extras (como o museu do Check Point Charlie e Charlottenburg Schloss). O tempo esteve maravilhoso e nem a antipatia típica dos empregados de mesa alemães nos desmotivaram. Das viagens que fiz nos últimos tempos tenho de pôr Berlim no topo da lista, apenas a par de Nova Iorque. E sim, abram a boca de espanto que eu não tenho vergonha: considero Berlim mais interessante que Paris! (Parece que já consigo ouvir os ahhhh! de espanto).

De salientar o famoso Muro e toda a historia à sua volta (aprendida em grande parte no museu referido acima), fascinante e ao mesmo tempo arrepiante. A diferença este Berlin Leste e Berlin Oeste é muito interessante de se ver.

Para terminar este post, o meu tributo ao nosso amigo que foi correr a maratona de Berlim (razão pela qual decidimos em primeiro lugar). 3h10m é muito bom, mesmo muito bom! E nós lá estavamos a apoiar, quer na noite anterior à maratona em que num acto de solidariedade jantamos todos pratos jumbo de massa, quer no próprio dia junto à chegada para o aplaudir!

Aqui ficam alguma fotos:


Brandenburg Tor:

A chegada da maratona junto a Brandenburg Tor:


Charlottenburg Schloss:

Berliner Dom:



Memorial do Holocausto:


Checkpoint Charlie:




Trabant sobrevivente da época pré-queda do muro:


O Muro:


E como já é habitual, uma marca portuguesa em todas as minhas viagens, desta vez no muro:


domingo, 5 de outubro de 2008

Anarchy In The UK

Sabemos que o punk rock já não é o que era quando vemos Johnny Rotten dos Sex Pistols a fazer anúncios a manteiga na televisão.



sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Good Morning Night

Há muitas coisas boas em estarmos a viver noutro país, mas infelizmente também há muitas más. O pior é estarmos longe daqueles que amamos, da nossa família e amigos. O não estarmos disponíveis para ajudar e apoiar quem faz parte da nossa vida. São estes momentos que nos fazem querer pegar na mala e deixar tudo para trás e voltar para casa, a nossa verdadeira casa. Mas infelizmente isso não é assim tão fácil quanto isso.
Por isso, resta-me carpir as mágoas longe, e estar presente em espirito. Mas que custa, custa...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Let´s Pretend

Existem 4 bandas que marcaram a minha vida até agora, e que mais ou menos definem diferentes fases da minha vida. Essas bandas são, por ordem cronológica: Guns n' Roses, U2, Life of Agony e Lagwagon. Ainda hoje são bandas que oiço regularmente, e todas elas fazem parte permanente do meu iPod. Já tive a oportunidade de ver 3 delas ao vivo, todas experiências marcantes, mas parece-me muito difícil ver GnR ao vivo em breve. Mas tudo é possível! Além disso, vi no ínicio deste ano Velvet Revolver, por isso acho que posso dizer que já vi 3.5 destas bandas ao vivo.
Vi LOA em 2004, no mítico Garage em Lisboa. O calor, o facto de ter sido a meio da semana e também por ter sido durante o Euro 2004, no dia em que jogámos contra a Rússia, limitou a audiência. Também o facto da banda estar à vários anos parada quando o concerto foi feito contribuiu para ser o concerto com menos pessoas na assistência em que já alguma vez estive. Mas isso tornou-se algo positivo: éramos poucos mas dessa forma criou-se uma ligação entre a banda e quem lá estava a assistir, tudo die-hard fans da banda.
Ontem tive o prazer de ir ver Keith Caputo ao vivo. Keith é o vocalista dos LOA. Tem vários álbuns a solo, todos marcadamente diferentes da musica dos LOA. O concerto foi no Barfly, em Camden. Mais uma vez a audiência era pouca (também não cabia muita gente no Barfly), mas mais uma vez uma ligação se estabeleceu entre Keith e o público.



O som estava muito pobre infelizmente, e em grande parte das músicas quase não se ouviu a voz dele, com grande pena minha visto que era ele a atração do evento, digamos assim. Mas perto do fim, Keith tocou duas canções acústicas (Always e Selfish), e como não havia practicamente som de instrumentos a sobrepor-se à voz de Keith, deu para ouvir a sua excelente voz na perfeição. Como estava bem na frente, a menos de um metro do cantor, foi excelente conseguir ouvir a sua voz naturalmente, e não por altifalantes. Estava mesmo ali, e foi magnífico. Keith é uma personagem intrigante. O seu cerca de 1.50 m está cheio de paixão pela música. A forma como dança e vibra com as suas canções é única, e é difícil de entender se é mesmo assim ou se há algo mais a contribuir para tal emoção. Quando canta a sua voz é forte, mas quando fala sua voz sai como um sussuro, especialmente em situações como quando nos falou da canção que escreveu para a ex-namorada, que está de momento a passar um mau bocado devido a sua toxicodependência (aliás, como parece estar toda a gente à sua volta). Como ele disse, 'a tragédia inspira-o'. Foi um concerto intimista, diferente, muito intenso. So é pena as condições de som terem sido tão más, e só ter tido o previlégio de ouvir a sua voz como deve ser em duas músicas. No entanto, duas canções mágicas.


Keith Caputo - Selfish




Life of Agony - This Time

(quantas carreiras Fogueteiro-Sesimbra fiz eu a ouvir esta música?!)




terça-feira, 16 de setembro de 2008

Proudly Lettuce

Já vos disse que adoro Lisboa?


“I think Lisbon has a very, very good chance to be a transcultural platform for the creative industries in the future, because we have such good weather, food, unused spaces” and low prices, said Mr. Serpa, sporting an elegant tieless suit and eating a cookie. "
in: NY Times Julho 2008

Comendo uma bolacha?? Seria bolacha Maria ou d'água e sal?

Se tiverem tempo, leiam o artigo:
Artigo NY Times

\m/

Um dos objectivos da nossa estadia em Londres é fazer uma espécie de rali das tascas, mas com salas de espectáculo. E num período de tempo mais longo do que um normal rali das tascas, óbviamente.

Já tivemos oportunidade de assistir a espectáculos na Brixton Academy, Astoria, Hammersmith Apolo, Wembley Stadium, Twickenham Stadium, entre outras salas mais pequenas mas não menos emblemáticas, como o Electric Ballroom e o The Underworld, por exemplo. Faltava-nos riscar o Pavilhão Atlantico cá do sitio, o O2. Com algumas parecenças com o pavilhão do Tobias, o O2 consegue ser mais imponente e com melhores condições de som.

Achámos que uma boa oportunidade para o fazer seria a 'festa de lançamento' do novo álbum dos Metallica, 'Death Magnetic'. Com bilhetes a £5 (sim, estão a ler bem, a rondar os 7€) e com as receitas a reverter para a Youth Music Charity, era difícil dizer que não. O único problema seria conseguir os bilhetes que estavam a venda exclusivamente online, em dois sites de fans da banda. Nada que não conseguissemos ultrapassar!

Ontem lá nos dirigimos ao O2, e o ambiente era fantástico, com milhares de fans a inundarem a zona com as suas t-shirts pretas. Como não fomos suficientemente rápidos, só conseguimos lugar nas bancadas, bem no topo. Confesso que me custou a habituar ao lugar, não tanto pela altura mas mais pelo declive, sendo que os primeiros minutos foram de alguma apreensão, mas a excitação fez-me esquecer esse pormenor. De qualquer forma, o palco estava colocado bem no centro do pavilhão, qual ringue de boxe, permintindo assim uma visão perfeita de qualquer ponto.



Outro aspecto positivo foi a música que passaram enquanto esperavamos pelo ínicio do concerto: desde Rage Against the Machine a Tenacious D, passando por Guns n' Roses, System of a Down e Faith no More. Foi assim mais fácil esperar, o que geralmente não é o caso.

Entretanto o concerto lá comecou, e se não sabia bem o que esperar por £5 (quando a esmola é demais o pobre desconfia), posso dizer que foi um grande espectáculo. O Lars estava extático, sendo-lhe difícil aguentar muito tempo quietinho na cadeira, saltando na sua plataforma, que foi rodando à medida que o concerto foi evoluindo, de modo a estar 'cara a cara' com todas as frentes do público. O mesmo com os restantes membros da banda que pulavam de um lado para o outro, brindando-nos a todos com exibições de primeiro nível. Afinal, eles são os Metallica.



A certa altura James Hetfield pediu ao público para guardar os telemóveis e as máquinas fotográficas, dizendo que deviamos apreciar o espectáculo em vez de gravar 'videos merdosos para depois por no YouTube, e que ninguém iria ver de qualquer forma'. Ainda bem que não levei a minha máquina ontem, sou o orgulho do senhor Hetfield.

No encore, e porque o senhor queria nos ver bem, as luzes do pavilhão foram acesas na totalidade, por isso foi fantástico ver a reacção do público. Também deu bastante jeito quando na última musica, Seek and Destroy, dezenas de bolas de praia foram lançadas sobre a audiencia. E antes que comecem a conspirar contra o facto de haverem bolas de praia num concerto de metallica ("que coisa tão larilas" dirão os com as mentes mais fechadas), acrescento que eram bolas de praia pretas com logos prateados dos Metallica. Ia ser um sucesso nas próximas férias de Verão, ou mesmo a servir de puff lá em casa, mas infelizmente não consegui deitar as unhas a nenhuma. Por um lado ainda bem, porque o mais provável seria furá-la sem querer .

Feitas as contas, uma bela forma de gastar £5.

Aqui fica um 'cheirinho', 'Until it sleeps':



Mais fotos aqui.

domingo, 14 de setembro de 2008

Hot

Hoje estão 18 graus lá fora. Dentro do escritório devem estar perto de 30. Um colega meu disse-me "É como estar em Portugal!". Só para verem como estava quente! O ar condicionado avariou, sabe-se lá porquê. Estamos desde manhã à espera que o técnico venha reparar. Enquanto esperamos, desesperamos. Acho que a produtividade é quase nula, todos se arrastam pelo escritório, inventando desculpas para ir até ao bar, o único sitio do edificio onde o ar condicionado continua a bombar o ar fresquinho a que estamos habituados. Geralmente fresco demais, hoje está exactamente à temperatura que queremos. Em conversas com os colegas, são poucas as vezes em que não perdemos o raciocínio, em que não nos esquecemos a meio da conversa do que estavámos a dizer. Já não há copos nas máquinas de água, e hoje bebem-se menos chás do que é costume. É o chamado Verão de São Martinho. Pena que seja só por um dia, e apenas na minha agência.

Escrito sexta-feira, 12 Setembro.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Please mind the gap....



No domingo passado fomos almoçar a casa de um amigo, com o propósito de ver a F1. Depois de um belo almoço e um passeio na zona rumámos de volta a casa, que ainda havia planos de executar algumas tarefas domésticas antes do dia acabar. Fomos até Kings Cross, o plano era mudar de linha nessa estação, como fazemos tantas vezes. A estação de Kings Cross tem ligação com 5 linhas de metro, com comboio (no qual se incluí o Eurostar), e imensas paragens de autocarro na zona. Para além da plataforma 9 3/4 de onde sai o comboio rumo a Hogwarts. Como podem imaginar, esta estação está sempre apinhada de gente a correr em todas as direcções, mesmo em domingos chuvosos como este. Estava tudo a correr como previsto, saimos de uma linha de metro e dirigimo-nos para a outra linha que nos ia deixar mais perto de casa. Estávamos já dentro do segundo metro quando o alarme de emergência soou. Aos microfones pediam a todos os passageiros que saissem da estação o mais rápido possível. Ora isto para nós, é algo um pouco estranho e assustador q.b., mas parece ser algo a que os londrinos já estão habituados. Convém dizer que não foi a primeira vez que isto me aconteceu nesta mesma estação. Lá saímos do metro, dirigimo-nos as escadas rolantes, para onde estavam a dirigir as pessoas, que lá iam andando, com uma expressão de tédio, provavelmente a pensar que já lhes tinham estragado os planos de chegar ao pub a horas. O aglomerado de gente nas escadas era grande, mas mesmo assim alguns mais iluminados ainda se lembraram de parar no lado esquerdo das escadas, feito intolerável por aqui, especialmente em casos de emergência. Juro que até vi uma senhora a meter-se no elevador. Deve ter faltado àquela lição em que aprendemos a não utilizar elevadores em casos de emergência. A saída da estação estava cheia de pessoas a andar em todas as direcções. No meio de tudo lá vislumbramos um autocarro que ia para a nossa zona e em poucos segundos nos metemos a 'milhas' da estação. Um sucesso de evacuação, pelo menos no que nos diz respeito.
O que acho fascinante aqui é o modo como os londrinos reagem a este tipo de coisas. "Mais uma evacuação de emergência de uma estação de metro. Mais um que se esqueceu da mala. Um dia normal em Londres.", deve ser o que pensam quando isto acontece. Nada de especial. Nunca cheguei a perceber o que se passou. Se algo do género se tivesse passado em Lisboa aposto que teria aberto o jornal da noite da TVI.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Jumping Poppies

Eu não sei se já vos disse mas o correio do meu prédio é comum, algo que não é tão pouco comum quanto isso por cá. Hoje quando voltei do trabalho ao entrar no prédio deparei com a Mística, gloriosa e resplandecente endereçada à minha pessoa. Não tão maravilhoso como receber cartas dos amigos, mas deixou-me com um sorriso nos lábios. Sorriso este que provavelmente vai desaparecer num ápice no próximo jogo.

Ser emigrante é duro, mas é ainda mais duro ser emigrante benfiquista!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

You've Got Mail!

Haverá coisa melhor que chegar a casa e ter uma carta no correio para nós? Não estou a falar da conta da Vodafone, ou de um catálogo de compras, ou da actualização de pontos do cartão de fidelização do Tesco, nem do menú do restaurante tailandês ali da esquina. Uma carta que foi escrita para mim, a pensar em mim. Escrita à mão em papel de linhas e a caneta. Há coisas melhores, mas não são muitas. Obrigada!

Richmond

O Verão londrino deu o seu último suspiro este fim de semana. Naquele que foi um dos dias mais quentes deste ano, o Sol brilhou como que anunciar que agora, calor, só mesmo para o ano.

Depois de uma viagem sofrida na District Line, com muitas paragens em sinais encarnados, chegamos a Richmond. Richmond é uma cidade a sudoeste de Londres, uns meros 30-40 minutos de metro partindo do centro de Londres. Só por si Richmond vale a viagem, localizada junto ao rio Tamisa e com atmosfera de cidade familiar, mas sem claro não esquecer os MacDonalds e Starbucks do costume.



Mas o nosso destino era Richmond Park. Situado no topo de um monte, o maior parque de Londres tem uma vista magnifica sobre a cidade. É normal ver-se veados passear pelo parque, mas infelizmente não vimos nenhum. Depois de uma caminha heróica conseguimos chegar às margens de um dos lagos, e rápidamente nos acomodámos debaixo de uma árvore a aproveitar a sombra refrescante e a descansar, simplesmente. Por vezes, descansar é tudo o que precisamos. Foi relaxante estar deitada na relva, a olhar o lago e os cisnes, a ver cães correrem desalmadamente atrás de paus que os donos atiravam para o lado, para depois os trazerem orgulhosos na boca, como que a desafiar os donos para lhes atirarem os paus mais uma vez. Os cães ficam felizes com estas coisas, e acreditem que aqueles cães estavam felicissímos! Um deles abanava o rabo com tanta força que pensei que fosse levantar voo.

E toda esta felicidade fez-me sentir bem. É íncrivel como tão perto de uma cidade como Londres se consegue ter tanta paz e aproveitar a natureza.


Pode ter sido o último dia do Verão londrino, mas pelo menos foi bem aproveitado.