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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Let´s Pretend

Existem 4 bandas que marcaram a minha vida até agora, e que mais ou menos definem diferentes fases da minha vida. Essas bandas são, por ordem cronológica: Guns n' Roses, U2, Life of Agony e Lagwagon. Ainda hoje são bandas que oiço regularmente, e todas elas fazem parte permanente do meu iPod. Já tive a oportunidade de ver 3 delas ao vivo, todas experiências marcantes, mas parece-me muito difícil ver GnR ao vivo em breve. Mas tudo é possível! Além disso, vi no ínicio deste ano Velvet Revolver, por isso acho que posso dizer que já vi 3.5 destas bandas ao vivo.
Vi LOA em 2004, no mítico Garage em Lisboa. O calor, o facto de ter sido a meio da semana e também por ter sido durante o Euro 2004, no dia em que jogámos contra a Rússia, limitou a audiência. Também o facto da banda estar à vários anos parada quando o concerto foi feito contribuiu para ser o concerto com menos pessoas na assistência em que já alguma vez estive. Mas isso tornou-se algo positivo: éramos poucos mas dessa forma criou-se uma ligação entre a banda e quem lá estava a assistir, tudo die-hard fans da banda.
Ontem tive o prazer de ir ver Keith Caputo ao vivo. Keith é o vocalista dos LOA. Tem vários álbuns a solo, todos marcadamente diferentes da musica dos LOA. O concerto foi no Barfly, em Camden. Mais uma vez a audiência era pouca (também não cabia muita gente no Barfly), mas mais uma vez uma ligação se estabeleceu entre Keith e o público.



O som estava muito pobre infelizmente, e em grande parte das músicas quase não se ouviu a voz dele, com grande pena minha visto que era ele a atração do evento, digamos assim. Mas perto do fim, Keith tocou duas canções acústicas (Always e Selfish), e como não havia practicamente som de instrumentos a sobrepor-se à voz de Keith, deu para ouvir a sua excelente voz na perfeição. Como estava bem na frente, a menos de um metro do cantor, foi excelente conseguir ouvir a sua voz naturalmente, e não por altifalantes. Estava mesmo ali, e foi magnífico. Keith é uma personagem intrigante. O seu cerca de 1.50 m está cheio de paixão pela música. A forma como dança e vibra com as suas canções é única, e é difícil de entender se é mesmo assim ou se há algo mais a contribuir para tal emoção. Quando canta a sua voz é forte, mas quando fala sua voz sai como um sussuro, especialmente em situações como quando nos falou da canção que escreveu para a ex-namorada, que está de momento a passar um mau bocado devido a sua toxicodependência (aliás, como parece estar toda a gente à sua volta). Como ele disse, 'a tragédia inspira-o'. Foi um concerto intimista, diferente, muito intenso. So é pena as condições de som terem sido tão más, e só ter tido o previlégio de ouvir a sua voz como deve ser em duas músicas. No entanto, duas canções mágicas.


Keith Caputo - Selfish




Life of Agony - This Time

(quantas carreiras Fogueteiro-Sesimbra fiz eu a ouvir esta música?!)