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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

I know where it goes, do you?

Mais publicidade inglesa a recorrer à nossa linda cidade. Eu sei onde vai dar e tenho saudades de me perder nela!







segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

The Outcast Hero


Há uns tempos, enquanto esperava na fila do Starbucks (vá, podem acusar-me de capitalista à vontade, mas num dia de frio sabe muito bem beber um chai latte para aquecer o corpo e a alma), vi pelo canto do olho, um pequeno cartaz que anunciava a peça ''Aristides: The Outcast Hero''. Uma peça sobre Aristides de Sousa Mendes, anunciada num Starbucks no meio de Londres parece algo surreal mas foi mesmo isso que eu vi. Até porque sai da fila para ver melhor, tal era a minha incredulidade. E era mesmo, confirmou-se, os meus fieis olhos não me estavam a enganar.

Sábado à noite lá fomos até Greenwich, até ao Galleon Theatre, para assistirmos a tão nobre peça. O teatro é um dos muitos pubs-teatro existentes em Londres, sendo o pub no rés-do-chão e o teatro no primeiro andar. Dirigimo-nos à bilheteira para levantar os bilhetes e um senhor com voz colocada deu-nos as boas vindas e informou-nos que a peça começaria dentro de meia hora, e que estávamos à vontade para levar bebidas conosco. Olhei maravilhada, as paredes que exibiam cartazes e fotos de peças anteriores, entre as quais se incluiam Inês de Castro e a Morgadinha dos Canaviais.

Depois de jantarmos no pub, (fish and chips e sausages and mash acompanhadas por pints e coca colas), lá nos juntamos às restantes pessoas que esperavam a abertura das portas. Quando finalmente começámos a entrar, subimos as escadas até ao teatro propriamente dito. Uma sala, de paredes negras. Um espaco no meio, com as cadeiras destinadas aos espectadores em volta, de forma a formar uma moldura (de apenas 3 partes). No centro, uma secretaria antiga, algumas cadeiras também antigas, um globo. Em cima da mesa, papelada e material típico de escritório nos anos 30. Na parede uma fotografia emoldurada de Salazar. Na secretária, já o actor encarnava o papel de Aristides Sousa Mendes, assinando e carimbado a papelada própria que qualquer cônsul assinaria. Num dos cantos da sala, entre as cadeiras destinadas ao espectadores, outra personagem estava sentada numa mesa, com ar preocupado e a enrolar os dedos nas mãos nervosas. Preocupada e nervosa porque era esse o seu papel, a sua personagem. Esta personagem revelar-se-ia a narradora da peça, e uma das dezenas de milhares de refugiados que Aristides salvou no ínicio da Segunda Guerra Mundial. A peça foi uma surpresa, o facto de não haver palco tornou tudo muito mais intimista, e no meu ponto de vista, melhor. A actuação também, bastante profissional (salvo os sotaques ao pronunciar os nomes portugueses, e em especial palavras como 'penucha' e 'serra da estrela', mas penso que não se pode apontar o dedo a isso).

No geral, fiquei bastante contente com tudo. Especialmente por ver reconhecida, ainda que em lingua inglesa, algum merito a Aristides de Sousa Mendes, arruinado pelo governo de Salazar, morrendo na pobreza por ter desobedecido a ordens do regime e conceder vistos a 30.000 pessoas perseguidas pelos nazis. A pessoa que, sózinha, mais gente salvou do holocausto. Mais tarde, irónicamente, Salazar reclamou para si os louros deste feito. É por estas (e por muitas outras) que fico com os cabelos em pé quando ouço alguém dizer que ''no tempo do Salazar é que isto era bom'' ou quando me lembro de Salazar ter sido eleito o maior português de todos os tempos, à frente de personalidades como Afonso Henriques e...Aristides Sousa Mendes.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Southbank


Ontem esteve finalmente um dia bonito por cá. As temperaturas subiram um pouquinho: embora ainda insuficientes para deixarmos os casacos de Inverno em casa, bastaram para deixaramos de lado os cachecóis, pelo menos durante o dia. Demos um passeio junto ao rio, começando o nosso trajecto junto ao London Eye e ao Big Ben (daí a foto) e fomos até London Bridge, onde tinhamos encontro marcado com uns amigos.

Londres é uma cidade cheia de vida, de pessoas a correr nas suas artérias, mas em dias de sol como este ainda há mais gente a apreciar o bom tempo e a saborear esta cidade magnífica. As margens do Tâmisa enchem-se de pessoas, de atracções, de pequenas feiras e esplanadas. É dificil abrir caminho por entre as pessoas que se aglomeram junto a artistas que dançam, tocam intrumentos, desenham ou simplesmente ficam parados a exibir as suas máscaras à espera que alguém considere o seu disfarce mais engenhoso e lhes deixe uma ou duas moedas. Cruzarmo-nos na rua com o Darth Vader, como aconteceu ontem, é algo normal aqui, mas que não deixa de nos fazer sorrir.

Eu gosto particularmente deste passeio, e quem já cá veio sabe que tento sempre incluí-lo no roteiro turistico. Especialmente quando está bom tempo, é uma excelente forma de apreciar Londres, vendo o Big Ben, o London Eye, as várias pontes, a Tate Modern, Millennium Bride e Saint Paul's, o Shakespeare Globe Museum, London Bridge e o galeão de Sir Francis Drake, e indo até ao final a fantástica Tower Bridge e o Mayor of London.

Ontem atravessámos a London Bridge e fomos até Monument. Um monumento que se chama assim mesmo, Monumento. Ao gosto dos britânicos, Monument é uma torre altíssima que assinala o sítio onde começou o grande incêndio de Londres, que ocorreu no século XVII e que ardeu durante 3 dias, destruindo grande parte da cidade. Renovado à pouco tempo, valeria a pena uma subida ao topo através dos seus 300 e tal degraus, não fosse a falta de tempo. Fica para a próxima.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ciao Bella!

Já há algum tempo que andava a melgar a minha cara metade para irmos a Roma, por isso foi com alguma alegria que concordei em planear uma viagem de última hora para nos distrair um pouco.
Depois de um voo Alitalia prácticamente vazio (não admira que estejam à beira da falência) aterrámos na cidade eterna que estava a ser generosamente abençoada por uma chuvinha irritante. Sinceramente, começo a achar que sou eu que levo a chuva a qualquer parte do mundo que eu vá. Aposto que Londres costumava ser mais solarenga antes de eu chegar! Mas não me posso queixar muito, pois nos dias seguintes o sol até deu um ar de sua graça.
Roma é tudo aquilo que imaginamos: boa comida, muitas igrejas, trânsito caótico. Nunca vou esquecer as pastas magnificas, as igrejas imponentes e o modo como os romanos conduzem. E eu que pensava que o trânsito em Lisboa era péssimo. Ainda não tinha visto nada. Atravessar a estrada, mesmo na passadeira é um risco de morte. Temos de correr o mais depressa que podemos, até porque tenho a sensação que os condutores ainda aceleram mais quando veem algum peão a tentar passar. Esperar numa passadeira para atravessar é um feito que raramentre traz frutos, mesmo com os 'carabinieri' ao lado. Num fim de semana assistimos a pelo menos 3 toques, uma discussão num semaforo, e um pobre senhor a ser atingido por um carro (mas nada de muito grave, não se preocupem).
Vimos tudo o que queriamos: passeámos no coliseu, vimos as ruinas do Forúm, atiramos uma moeda à Fonte de Trevi para garantir o nosso regresso. Fomos ao Vaticano, vimos o Papa (que falou num excelente português), subimos à cúpula (e quando digo subimos, subimos mesmo, centenas de degraus em escadarias de paredes inclinadas), apreciámos a Capela Sistina, passeamos à noite em Trastevere, que tanto nos recordou o nosso querido Bairro Alto. E porque Roma é a cidade romântica que sabemos caminhámos (e bem) até à Ponte Milvio, onde, como tantos outros antes de nós, deixámos o nosso cadeado e juntos atirámos a chave ao rio, de modo a ficarmos juntos para sempre, como reza a lenda.
E agora é esperar que o ano nos comece finalmente a sorrir, depois deste magnifíco fim de semana, que já foi um bom começo!

Piazza Navona

Panteão


Piazza di Spagna

Villa Borghese


Trocar da guarda

O nossa cadeado na Ponte Milvio

Ponte Sant'Angelo

Castelo Sant'Angelo

Guarda Suiça, no Vaticano


Praça São Pedro, vista do topo da basílica


Basílica São Pedro


Panteão

Fonte de Trevi

São João de Latrão

Coliseu

Fórum

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bate leve, levemente....

Tá frio malta. Muito frio. Para provar, aqui está um video feito esta manhã.



Há pessoas que não dispensam a sua corridinha matinal, por mais frio que esteja.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Back to life, back to reality....

Infelizmento tenho descuidado a atenção dada a este blog. 2009 não comecou da forma como desejava, mas acho que a pouco e pouco as coisas vão retomar o seu caminho. Tem-me faltado inspiração para escrever, às vezes parece que para tudo o resto! Mas não se assustem, esta falta de inspiração não é algo que me acompanha sempre (embora pela qualidade dos textos às vezes pareça), por isso cá estou a retomar os meus escritos. O fim de semana passado fomos a Portugal. Desta vez não tivemos muita sorte com o tempo, mas mesmo um fim de semana de chuva e ventos fortes não nos apagou o sorriso dos lábios pelo facto de estarmos em casa. Foi bom revermos a família e os amigos, e um muito obrigado a todos aqueles que consegui ver, pelo seu esforço, e também muito obrigado a todos aqueles que não consegui ver, pela paciência. Conheci o mais novo elemento da minha familia (bem-vindo!), comi um bife com molho à Portugália, subi as ruas do Bairro Alto enquanto me esforçava para que o meu pobre chapéu de chuva, mais habituado à chuva londrina, que dura muito tempo mas é mais calma, não se partisse com o vento forte que se fazia sentir. Apanhei o habitual trânsito na 25 de Abril, acho até que sentiria que faltava qualquer coisa se assim não fosse. Bebi um café fofanelo e partilhei uma tosta de frango à beira mar (e à beira chuva também). Sorri e ri às gargalhadas com os meus sobrinhos que estão cada vez maiores e mais inteligentes (e piritecos também!). É íncrivel quantas coisas cabem num fim de semana, mesmo que seja de 4 dias. De volta a Londres esperava-me um manto branco gelado, com bonecos de neve com ramos a fazer de braços espalhados aqui e além. Enquanto arrastavamos as malas de volta a casa, ainda consegui mandar umas bolas de neve enquanto tentava não escorregar no gelo da estrada. São coisas como estas que nos fazem sentir criancas outra vez: rir, escorregar, rir com os amigos, trocar roupa com a mana, matar saudades da comida da mamã e ver futebol com o papá. Voltarei em breve a por este blog na linha!