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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

London Love

Já lá vão 5 anos de Londres. Eu sei que estou sempre a pensar na próxima ida a Portugal, no cheiro maresia da minha Sesimbra, na alma da minha Lisboa, mas a verdade é que Londres já é minha também. Acabei de passar pela famosa London Bridge, e ao ver a Catedral de São Paulo iluminada de um lado, e a Torre de Londres de outro...não consigo deixar de dar comigo a pensar que estou em Londres, caramba! Londres também é minha e eu também sou de Londres, cidade para mim ainda entre as mais bonitas do mundo. Porque há cidades que nos tocam na alma e com as quais nos identificamos, e Londres sempre foi como eu, e eu como ela, mesmo antes da primeira vez que a vi, turista impressionada com edifícios de conto de fadas.
Por isso sou estrangeira aqui, mas também o sou na minha terra: deixei de ter uma só raiz para ter várias que se ligam e se tocam e me fazem como eu sou.
Porque se eu não fosse feliz por cá, nada fazia sentido.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Please Stand on the Right

Já aqui muitas vezes falei do metro de Londres, bem e mal. É impossível escrever sobre esta cidade e passar ao lado daquele que é o mais antigo metropolitano do mundo (primeira estação abriu em em 1863) e o segundo maior do mundo (primeiro sendo Shangai). O metro de Londres faz parte da história desta cidade, e desempenhou um papel muito importante na história da capital britânica, desde a Segunda Guerra Mundial em que serviu de abrigo a milhares de pessoas durante os bombardeamentos que a cidade sofreu, até mais recentemente onde foi alvo de atentados terroristas que tiraram a vida a 52 pessoas.

A linha do metro de Londres serve 270 estações, e é composta for 402 km de carris, sendo um importante meio de transporte numa das cidades mais populosas do mundo. Com tanta história e tantos anos de utilização, muitas estações foram entretanto desactivadas, o que faz com que nas catacumbas de Londres hajam muitas estações antigos que já não estão em uso, e que escondem segredos e têm muitas histórias para contar.

Por isso anualmente, o Museu do Transporte de Londres abre a estação de Aldwich ao público temporáriamente, para que seja possível visitar uma estação conservada quase como era aquando a sua abertura, em 1907. Estas tours são muito populares, e os bilhetes muito díficeis de arranjar, mas este ano consegui ser rápida com o rato e garanti dois bilhetinhos.

A estação de Aldwich foi desactivada devido ao baixo número de passageiros e o alto custo de manutenção. Entretanto tem sido usada em vários filmes, desde V de Vendetta a Attonement. Tem sido também usada para testar materiais para as restantes estações - desde cola para cartazes a novos azulejos.
Antes de ser desactivada, e durante a Segunda Guerra Mundial, foi usada para guardar relíquias/tesouros do British Museum, e como abrigo para vários Londrinos durante os bombardeamos de que a cidade foi alvo pelos Nazis.

Uma estação cheia de História e histórias para contar (não, eu não escrevo de acordo com o novo acordo ortográfico), e que me deu a conhecer mais um pouco desta bela cidade que me acolhe de braços abertos.




Elevador original


 Zona usada para filmagens

Antigo mapa do metro

Cartazes antigos (segundo anúncia a "nova" estação de Epping)

Cartazes antigos


Cartazes antigos
 
Cartaz a anúnciar bilhetese regras para usar estação como abrigo durante bombardeamentos

Cartazes antigos
 
Cartazes antigos



Cartaz da época psicadélica a anúnciar o famoso museu Madame Tussaud's

Cartazes antigos

Carris desactivados

Cartaz a anúnciar beneficios do Reino Unido se juntar à Comunidade Económica Europeia 

Sinal de saída original

Cartazes Antigos

Balcão de assistência original

Sinal de índicações original

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Welcome to the Jungle

Não sei se é por todo o londrino estar sempre a caminho de algum sítio, portanto cansado de andar de um lado para o outro, mas andar de metro na hora de ponta é uma experiência única.
Não estou a debater o facto de caber sempre mais uma pessoa em qualquer carruagem, mesmo que isso implique empurrar para dentro quem já está no limiar do dentro e fora do comboio, ou dos olhares de esguelha quando cometemos o sacrilégio que é parar no lado esquerdo da escada rolante.
Falo da disputa entre dois pacíficos mortais sobre o único banco vazio na carruagem. Eu já vi de tudo, desde homens de fato e gravata e estudantes, a senhoras carregadas de sacos de compras e reformados que sabe-se lá porquê vieram dar o seu passeiozinho à hora de ponta.
A carruagem transforma-se num ringue, o prémio um banco forrado a alcatifa coçada. Primeiro olham o lugar, depois olham nos olhos um do outro. Após uns momentos de hesitação, é vê-los acelerar o passo até ao cobiçado pedaço de descanso, pisando quem estiver no caminho e passando qualquer obstáculo. Que ganhe o mais veloz! Ou o que estiver mais perto.
Depois é ver o vencedor respirar de alivio, sacar do seu tablet ou smartphone para não ter de olhar nos olhos de quem perdeu.
O perdedor esse agarra-se a qualquer coisa e olha para nós como se dissesse "já viu esta pouca vergonha? A roubar o lugar a um homem de negócios/estudante/trabalhador/mulher/ reformado (riscar o que não interessa).

E é assim a vida no metro.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Chips

E não é que alguém, neste caso a minha querida mãe, encontrou a saudosa musica das batatinhas no YouTube?
Oram digam lá que isto não é um mimo.

Fiquem com o video que eu entretanto vou até ali comer umas batatinhas fritas, que entretanto fiquei com vontade.