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sábado, 27 de março de 2010

It's Oh So Quiet...

Mais uma experiência londrina marcada na minha lista: silent disco. Para aqueles que se estão a interrogar o que raio é isto da silent disco, só vos posso dizer que é isso mesmo, uma disco silenciosa.
Imaginem uma pista de dança, gente a dançar entre amigos, a divertir-se, a beber uns copos (ou então não, para os abstémios).
O DJ num canto (ou dois neste caso) e a malta toda a dançar ao som da música. Mas...sem som.
Visto de fora parece aquilo que é, um bando de pessoas a contorcer-se ao som de coisa nenhuma, alguns mesmo a trautear algumas palavras de músicas mais conhecidas, algo um pouco surreal.
Mas para quem lá está, é sem dúvida uma experiência engraçada e algo diferente.

Foi assim há umas semanas, em que fomos até ao Barbican Centre, no coração de Londres, para experimentar isto da Silent Disco.
Pagámos £5 pelos phones (reembolsados no fim da festa) e partimos à aventura, sem saber bem o que esperar. Dois DJs, dois canais por onde escolher, o que significa que podíamos alternar entre músicas diferentes. O que significa também que a certa altura, se retirássemos os phones por um bocadinho, podiamos ouvir/ver metade da sala a dançar ao som de YMCA enquanto a outra metade se bamboleava ao som de Light My Fire dos The Doors. Às tanta desenvolvemos uma espécie de código gestual, em que um de nós sugeria ao resto do grupo que mudasse de canal para podermos dançar ao som de uma música mais interessante ao mesmo tempo.

O ponto alto da noite, já no final do evento, foi a altura em que passaram Bohemian Rhapsody, dos Queen, em que practicamente toda a gente se sintonizou no mesmo canal e cantou e dançou em conjunto, atingindo tons por vezes que por pouco não partiram os vidros do Barbican Centre. E para testemunharem o acontecimento aqui fica o link para um video, onde se forem atentos, podem ver aqui a que vos escreve aos saltinhos (auge a partir dos 45s)! --> cliquem aqui

Foi uma experiência interessante, não só pela falta de som, mas também pelo ambiente da noite, em que todos os presentes estavam lá para passar um bom bocado, e onde faltou o pretensionismo típico do ambiente das discotecas.