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sábado, 27 de março de 2010

Surprise, surprise!!

Quinta-feira à noite. Depois de um dia díficil no trabalho, descansava no sofá depois de um bom jantar. Já de pijama, enrolada no cobertor, via o meu Benfica já a pensar na caminha e no belo soninho que iria estar a fazer em breve.
Ao intervalo do jogo, sou informada que tenho de me vestir para sair. “Mas a sério? Tenho mesmo de me vestir?”
Parece que sim...

Não sou informada para onde vou, pedem-me que leve a mala e o telemóvel.
“Isto tem de ser bom”, pensei, enquanto ajustava o cinto de segurança no carro.
Com o coração aos pulos, sem saber bem o que me esperava ou para onde ia, lá atravessámos o rio, rumo ao sul.
Passámos London Bridge, fomos andando.
Ao chegar a Lewinsham pensei que era muito tarde para visitar quem quer que fosse, e foi quando uma ideia se começou a formar na minha cabeça.
O meu coração acelerou mais ao ver as setas que indicavam o destino que eu estava a adivinhar.
Quem seria? Por quanto tempo?

Chegámos, pelo que pecebi em cima da hora. O meu telemóvel toca, mas eu prefiro não ver quem é, com medo que a surpresa se estrague.
Corro pelo parque de estacionamento, excitada como uma criança na noite de Natal. Vou para o elevador, mal podendo conter o entusiasmo. Ao chegar ao piso desejado oiço o doce som da Língua Portuguesa, o que cimenta ainda mais as minhas suspeitas – acabou de aterrar um voo vindo de Lisboa!

E ao entrar no terminal – lá estão a confirmação. Não consigo esperar e corro na direcção da minha supresa.

A vida é bela e é tão bom ser surpreendida assim – a minha mana e o meu sobrinho vieram visitar-me!!

It's Oh So Quiet...

Mais uma experiência londrina marcada na minha lista: silent disco. Para aqueles que se estão a interrogar o que raio é isto da silent disco, só vos posso dizer que é isso mesmo, uma disco silenciosa.
Imaginem uma pista de dança, gente a dançar entre amigos, a divertir-se, a beber uns copos (ou então não, para os abstémios).
O DJ num canto (ou dois neste caso) e a malta toda a dançar ao som da música. Mas...sem som.
Visto de fora parece aquilo que é, um bando de pessoas a contorcer-se ao som de coisa nenhuma, alguns mesmo a trautear algumas palavras de músicas mais conhecidas, algo um pouco surreal.
Mas para quem lá está, é sem dúvida uma experiência engraçada e algo diferente.

Foi assim há umas semanas, em que fomos até ao Barbican Centre, no coração de Londres, para experimentar isto da Silent Disco.
Pagámos £5 pelos phones (reembolsados no fim da festa) e partimos à aventura, sem saber bem o que esperar. Dois DJs, dois canais por onde escolher, o que significa que podíamos alternar entre músicas diferentes. O que significa também que a certa altura, se retirássemos os phones por um bocadinho, podiamos ouvir/ver metade da sala a dançar ao som de YMCA enquanto a outra metade se bamboleava ao som de Light My Fire dos The Doors. Às tanta desenvolvemos uma espécie de código gestual, em que um de nós sugeria ao resto do grupo que mudasse de canal para podermos dançar ao som de uma música mais interessante ao mesmo tempo.

O ponto alto da noite, já no final do evento, foi a altura em que passaram Bohemian Rhapsody, dos Queen, em que practicamente toda a gente se sintonizou no mesmo canal e cantou e dançou em conjunto, atingindo tons por vezes que por pouco não partiram os vidros do Barbican Centre. E para testemunharem o acontecimento aqui fica o link para um video, onde se forem atentos, podem ver aqui a que vos escreve aos saltinhos (auge a partir dos 45s)! --> cliquem aqui

Foi uma experiência interessante, não só pela falta de som, mas também pelo ambiente da noite, em que todos os presentes estavam lá para passar um bom bocado, e onde faltou o pretensionismo típico do ambiente das discotecas.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Turning British

Depois de algum tempo a viver em Londres, as tradições britânicas começam as apoderar-se até do português mais típico. Talvez por isso não seja assim tão fora do normal ver o português mais portuga que se possa imaginar a deliciar-se com um pequeno almoço inglês, completo com black pudding e tudo, ou até, em casos mais extremos, a não ser capaz de beber chá sem um pouco de leite à mistura.

Embora ainda não tenha chegado a nenhuma destas situações (extremas, no meu ponto de vista!) à uns dias resolvemos tomar um chá das cinco como deve ser. E à falta de coragem para fazer as típicas sandes de pepino, optámos por fazer os nossos próprios scones, que modéstia à parte, estavam divinais! E como cá em casa ninguém gosta particularmente de passas, substituimos as ditas por uma excelentes pepitas de chocolate, que parecem passas mas sabem bem melhor.

Acompanhados de um belo doce de morango e um bom chá (sem leite), foi um chá das cinco “very british indeed”!

Aqui ficam algumas fotos para abrir o apetite...

Antes de irem para o forno...

...e já prontos a serem devorados, numa foto digna da rubrica de culinária da TV7Dias!