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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Starters

No outro dia, numa conversa de pub com um amigo em que falávamos, entre outras coisas, sobre Portugal, este meu amigo colocou-me uma questão engraçada. Bom, não é hilariante, mas é engraçada. Um pouquinho, pelo menos.
Bom, este meu amigo e francês. Há alguns anos fez uma viagem a Portugal, onde percorreu o litoral de carro. Estávamos a falar das minhas férias. A conversa decorreu mais ou menos assim:

Ele: Entao comeste sardinhas nas férias?
Eu: Claro!
Ele: Quando lá fui comi. São óptimas. Embora deitem cá um cheiro...
Eu: Sim, pode ser desagradável. Mas o sabor compensa.
Ele: Sim, sem dúvida. Gostei muito. Aliás, gostei de toda a comida. E bebida. E das pessoas tambem. Muito simpáticas. Não são como os espanhóis, que são um pouco antipáticos (ok, admito que nesta parte automáticamente ele subiu uns quantos lugares no meu ranking).
Eu: Pois isso já não sei...(eu armada em politicamente correcta).
Ele: Só houve uma coisa que eu não gostei...
Eu: Então? (já temendo, com mil coisas típicamente portuguesas a vir-me à cabeça, entre elas caca de cão nas ruas, homens com unha do mindinho crescida para coçar o ouvido e palitar os dentes depois de cuspir para o chão, mulheres de bata nas ruas, galos de barcelos, entre outras).
Ele: Aquela coisa das entradas nos restaurantes. Sentas-te, eles trazem as tais entradas. Tu pensas: 'Ena que queridos! Muito hospitaleiros!', e no fim aquilo que pensavas ter sido oferta da casa vem incluido na conta a preços exorbitantes. Isso acontece com toda a gente ou só com turistas?
Eu: Errrr (controlando o riso)...acontece com todos!

E a conversa continou comigo a explicar-lhe os meandros das contas de restaurante em Portugal. Portuguesices!