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domingo, 4 de janeiro de 2009

Do they know it is Christmas?






Estou de volta. De volta em dois sentidos: de volta a Londres e de volta depois de ter passado uma semana de cama com uma gripe que teimou em vir na bagagem comigo, entre as prendas de Natal e os habituais chouriços e bacalhaus que trazemos nesta altura. Já hà vários anos que não estava doente assim e o facto da TV Cabo teimar em deixar de transmitir por razão nenhuma os canais Fox não me ajudou a passar melhor esta semana que supostamente era a minha semana de férias relaxantes, e que acabou por ser um martírio de febre, muita tosse e repetições infindáveis de séries manhosas de TV. Pelo menos deu para ver alguns filmes.


As férias passaram-se num instante. É sempre assim, ansiamos por elas durante meses, e quando finalmente acontecem passam em pouco tempo. Muito pouco tempo. E fico sempre com a sensação de que poderia ter feito mais, de que poderia ter passado mais tempo com a minha família e amigos. Mas eu bem sei que vou sentir sempre isso, por mais que me divida e ande a correr nas férias.


O Natal foi muito bom, com a familia e boa comida, algumas prendas, todas maravilhosas. Lisboa está cada vez mais bela, é a minha cidade do coração, e algumas coisas nela deixam-me ainda triste, outras deixam-me esperançosa que algo vai mudar em 2009. Ou talvez seja só a época natalícia, que faz disto, que nos deixa a pensar na nossa vida. Sesimbra continua pequena e acolhedora, como um pequeno presépio iluminado que me ilumina a alma sempre que desço a estrada da serra rumo ao centro. Muitas coisas só nos aquecem quando estamos longe e deixam de ser garantidas.

Mais um jantar fofanelo, sempre divertido e entusiamante. Onde se recordam tantas coisas e ao mesmo tempo se aprendem outras e cimenta-se a ideia, o sentimento de que a amizade é isto mesmo, é ter um elo de ligação que vai além do passado mas que se prova no presente e se prevê no futuro. São jantares que me deixam com um sorriso nos lábios e me fazem pensar no que estou a perder ao estar tão longe.


Mesmo o pouco tempo que tive com tantos amigos e familiares foram momentos preciosos que valeram a pena, e que gostava de repetir.


Desta vez devido ao horário inapropriado do voo não houve realmente tempo para despedidas. Não houve lágrimas nem crianças a correr e a fazer birra, não houve mil beijos de despedida e palavras de carinho ditas vezes sem conta. Foi tudo feito em casa, ao almoço. Melhor assim, que me fez sentir como um outro dia normal, em que retomava a casa depois de um almoço em família.


O saber que não tardo aí de novo minimizou tudo: a febre, a tristeza, os passos apertados no aeroporto. Até breve!