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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Rage Against the X Factor - The Outcome

E não é que os RATM conseguiram mesmo ser o número 1 deste Natal no Reino Unido? (ver aqui)
Mais uma prova que vivemos numa era em que a internet nos torna capazes de (quase) tudo, seja isso no bom ou no mau sentido.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Rage Against the X Factor

O Natal está à porta, e uma das coisas sem as quais os ingleses não conseguem celebrar o Natal é o single do vencedor do programa X Factor, geralmente caracterizada por ser composto por melodias melosas e letras azeiteiras.
O X Factor é assim uma espécie de Ídolos, que já se realiza há uma data de anos neste país, e cujo primeiro prémio é gravar um single que é editado uns dias a seguir à final, e que regra geral se torna o disco mais vendido no Reino Unido na semana do Natal.

Após alguns anos de singles pirosos, finalmente alguém resolveu gritar basta, e deu-se ínicio a um movimento, movimento este alimentado em grande parte pelo poder dos novos meios de comunicação online. Alguém se lembrou de recuperar ''Killing in the Name'' dos Rage Against the Machine, lançada no já longínquo ano de1992, e torná-lo o single número 1 deste Natal, em vez de mais um single saido direitinho do forno do X Factor, sendo que este ano se trata de uma versão lamechas de uma música já por si lamechas da Miley Cirus (ou Hannah Montana, para quem vê o Disney Channel).

O grupo no facebook que apoia esta causa conta já com muitos milhares de apoiantes, e ''Killing in the Name'' encontra-se de momento à frente do ranking de singles vendidos.

Será possivel ter uma música tão controversa como esta como número 1 deste Natal? Por mim seria um verdadeiro deleite, mas o facto do single do vencedor do programa X Factor ter saido em CD na terça feira pode fazer com que as mamãs e as vovós desatem a comprar o CD para as filhas ou netas, ultrapassando assim as vendas da música dos RATM, que dispararam online nesta semana.

O facto de ambas as músicas serem lancadas pela Sony, quer dizer que no fundo ninguém fica a perder com isto. Dizem as más linguas que isto é tudo arquitectado pela própria Sony para vender mais singles. Ora eu acredito que os senhores da Sony tenham melhores estratégias para estimular as suas vendas... Até porque se o objectivo é vender mais, escolher Killing in the Name dos RATM, uma música a maioria das vezes censurada nas rádios e que inclui 17 vezes a chamada “F word” não me parece ser a melhor estratégia.

Os próprios Rage Against the Machine já vieram a público dizer que apoiam a causa, e que parte das receitas da venda do single “Killing in the name” reverterão para caridade. O que fica sempre bem, especialmente nesta quadra natalícia.

Para quem quiser ouvir RATM ao vivo na BBC Radio 5, a dar a sua opinião sobre esta íniciativa, cliquem aqui. E no final, a serem iguais a si mesmos.

Resta-nos esperar para ver quem ganha este campeonato. Eu, embora já tivesse a música na minha colecção, já fiz a minha parte e contribui para esta causa.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Holy Night and much more

O Natal está quase aí, e Londres é um sitio maravilhoso para se estar no Natal (se esquecermos a corrida desenfreada às lojas para comprar os presentes de Natal). A cidade enche-se de luzes, ouvem-se cânticos a cada esquina, e o aroma a canela do aconchegante Mulled Wine ajuda-nos a esquecer um pouco o frio que se faz sentir. Só falta mesmo cair neve para ser um Natal como os dos filmes que passam incessantemente na televisão a esta altura.

Como já é costume, aqui ficam algumas fotos das decorações de Natal em Londres. Este ano, algumas zonas estão decoradas com as mesmas luzes do ano passado, talvez numa tentativa de poupar algum dinheiro no meio destes tempos conturbados.

Carnaby Street, depois dos fantásticos Pais Natais do ano passado (que podem ver aqui), este ano delicia-nos com decorações um pouco mais psicadélicas, em antecipação ao seu 50º aniversário. Uma homenagem aos anos 60, altura em que a rua se tornou famosa.






Outra tradição de Natal em Londres é o acender das luzes da àrvore de Natal em Trafalgar Square. Todos os anos, desde 1947, a Noruega oferece um enorme pinheiro aos londrinos como forma de agradecimento pelo sua ajuda durante a Segunda Guerra Mundial. O acender das luzes é um grande evento, com cânticos de Natal muito espirito natalício, a que muitos londrinos não faltam.




E porque o Natal também não escapa às garras do Marketing, em Oxford Street mais uma vez as luzes foram patrocinadas por um filme de animação (pelo menos não é uma marca de tabaco ou outra coisa maléfica do género). Este ano, A Christmas Carol, a mais recente adaptação do famoso conto de Charles Dickens, desta vez com Jim Carrey no papel principal. Jim Carrey esse que teve a honra de acender as luzes da rua mais movimentada da Europa. Se o filme é bom ou não, não sei, mas aqui fica uma foto das luzes:



Feliz Natal a todos!