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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Eat like a Portuguese

Ainda relacionado com o post anterior, acabámos o dia do escaldão no Nandos (quase que me envergonho de dizer isto). O Nandos é uma cadeia de restaurantes (supostamente) portuguesa, que usa um Galo de Barcelos como logo, ao qual chamam de Barci. Fundado por um sul-africano, e com vários restaurantes por este mundinho fora, especializa-se em frango assado com 'peri-peri' (sim, escrevem-no mesmo assim). Vendem Super Bock e Sagres, pasteis de nata e mousse de chocolate em tacinhas de barro que fazem lembrar as taças de sobremesas da Menorquina, que são vezes demais aproveitadas mais tarde para cinzeiros nos restaurantes mais típicos.
Optei por um prego, desejosa de comer um belo bifinho entre duas metades de papo-seco ensopado em mostardinha. Mas o que me chegou à mesa era um pouco differente: o bife estava lá, e até a tentativa de papo seco (ou portuguese roll, como lhe chamam) não era assim tão diferente, mas mostarda, nem vê-la. Em vez disso, maionese. Maionese! E uma folha de alface e rodelas de tomate. Sim, salada num prego. Ora meus amigos do Nandos – isto não é um prego! É um hamburguer mutante. Um hamburguer-prego. Um hambrego. Ora, estão um pouco equivocados nisto da comida portuguesa. E depois de ver o seguinte viral no youtube, não isto do hambrego não me surpreende:




Ora bem, eles também não sabem bem o que é ser português. Nós não somos todos padres com bigode. E além lhes diga que lá por uma canção ter a palavra ‘Portugal’ no refrão, não quer dizer que seja cantada em português.

(Não sei bem se o video é oficial – mas não vejo porque não o seja, embora nem sempre se possa confiar no youtube. Além de que já ouvi anúncios deles na rádio, em que punham os portugueses todos a andar de burrito. Além daquele cantor pimba, não conheço nenhum português que ainda ande de burro, mas tudo bem!)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Summertime and the living is easy...


As ideias pré-concebidas devem ser desafiadas, porque muitas vezes nos fazem cair na rotina e não nos deixam inovar. Isto é especialmente verdade quando sentimos na pele o peso das tais ideias pré-concebidas. Ou o ardor, neste caso. Este fim de semana uma das minhas ideias pré-concebidas caiu por terra, e eu senti-o na pele. Aliás, ainda sinto! As temperaturas no passado fim de semana (e que ainda hoje se registam) superaram as expectativas para o Verão, quanto mais para o final mês de Maio. Os parques, as esplanadas, as ruas, tudo se encheu de gente feliz a aproveitar ao máximo a dádiva de um São Pedro que teima em ser um pouco sovina no que diz respeito a oferecer um pouco de sol a este país. Nós, que não somos excepção, fomos até Primrose Hill, um parque um pouco menos conhecido que os famosos parques do centro da cidade, e que se caracteriza por ter uma colina (Hill - daí o nome) com uma bela vista sobre a cidade. Apanhámos sol, lemos, jogámos cartas com amigos, petiscamos, jogámos à bola. Exactamente como na praia, com a excepção de não haver mar (que é o pior) nem areia a ir-nos para os olhos (que é o melhor). E exactamente como acontece na praia quando não se tomam as devidas precauções, aqui a que alegremente vos escreve, decidiu ignorar o poder o sol londrino ('isto queimar-me, alguma vez!') e nem equaciou a possibilidade de levar protector solar para a proteger de eventuais vermelhidões desconfortáveis no corpo. O que resultou num exemplar escaldão que ainda hoje exibo, e que me envergonha: eu tuga habituada a estas coisas de sol e calor, deixar-se apanhar pelo sol inglês, esse mesmo sol que muita gente jura não existir. Existe sim senhora, e eu sou a prova disso! Mas à parte disso, foi um belo dia, em que revivemos jogatanas de copas e admirámos as festas no parque com champanhe em taças de vidro. Estes londrinos conseguem ser mesmo finos quando querem. Excepto aquelas senhoras que se põem em roupa interior a apanhar sol - isso é que já não me parece nada bem.
PS: A foto não foi tirada no dia dos acontecimentos narrados acima! Estava sol e muito mais gente no parque...