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sexta-feira, 18 de abril de 2008

I'm a big big girl In a big big world


Eu nunca simpatizei muito com os The Verve. E é verdade que o clip da Bitter Sweet Symphony sempre me irritou bastante, assim como o raio da música. Mas sempre que tenho de ir a Oxford Street não deixo de pensar como seria bom fazer como o vocalista da banda, e levar toda a gente à minha frente. Porque toda a gente naquela rua parece estar no clip da Bitter Sweet Symphony, tal é o número de empurrões que levo quando lá vou. Enfim, vicissitudes de viver numa cidade do tamanho de Londres...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Paris, je t'aime!

No final de Março fui passar um fim de semana a Paris. Ir de Londres a Paris dura o mesmo tempo que ir de Lisboa ao Porto (ou menos até), e é de um conforto bestial. O Eurostar atravessa o canal da Mancha em 30 minutos, e não, não se sente nada. Não há sensação claustrofóbica, não se vê os peixinhos a nadar à nossa volta. É a mesma sensação que passar o túnel do comboio da ponte, mas em 30 minutos. E também mais confortável, volto a dizê-lo.
Paris surpreendeu-me, pela positiva. Confesso que nunca foi um destino de sonho para mim, mas a proximidade e o Eurostar contaram bastante para eu considerar ir até lá. E posso dizer que não me arrependi. Paris é uma cidade belissíma, e mesmo a chover a potes cativou-me. Os edificios são magnificos, imponentes, as margens do rio fantásticas, até o metro me cativou (deve ser trauma com o London Tube). Não admira que a revolução acontecesse - os monarcas franceses passavam a vida a gastar dinheiro em edificios exuberantes. E depois, com Napoleão, um enorme projecto com o objectivo de tornar Paris a cidade mais bela do mundo começou. Não sei se o objectivo foi alcançado, mas se eu fosse francesa estaria orgulhosa. Numa verdadeira maratona, consegui ver quase tudo a que me propus. Quase tudo porque as maganas das catacumbas estavam fechadas. Mas fica para a próxima. Sim, porque já estou a pensar na próxima!

Esta foi a primeira coisa que vi depois de ir deixar as malas no hotel. A Praça da Concórdia, com a Torre Eiffel no horizonte. Como podem ver, o tempo estava espectacular. Ou então não. C'est formidable non?




De seguida, como não podia deixar de ser, o Louvre. Quando se tem pouco tempo, temos de fazer alguns sacrificos. Como tal, o Louvre foi o meu bezerro. Vi em cerca de 1 hora e meia a famosa Mona Lisa e a Venús de Milo, e as restantes obras circundantes. O edificio é fantástico, mas confesso que o elevado número de turistas (entre o qual me incluo) me desmotivou bastante - não gosto de andar a empurrar gente para conseguir ver o que quer que seja.



Arc de Triomphe de l'Etoile, Paris. O trânsito é tão caótico que se diz que os seguros automóveis não cobrem qualquer dano ocorrido na famosa rotunda. Não sei se assim é, mas o facto é que o Marquês de Pombal ao comparado com isto é um passeio no parque.

A minha foto favorita do fim de semana: A Catedral Notre Damme iluminada pelo lusco fusco (5-7 minutos muito intensos) depois de uma chuvada monumental. Adorei as gárgulas. Lindas!


No sábado o tempo melhorou um pouco e fomos dar um passeio de barco pelo Sena. Esta foto foi tirada a bordo. Mas não fiquem desiludidos, nessa tarde acabamos por ir à Torre Eiffel, e subi-a a pé! Foi só até metade, mas aquilo custa....



Moulin Rouge, em Montmartre. Voulez-vous coucher avec moi (ce soir)?


La Basilique du Sacré Coeur de Montmartre. Vista através do relógio no Musée d'Orsay. Dois locais que gostei bastante. O primeiro pelo edificio e pela vista magnifica sobre a cidade. Embora a área circundante faça lembrar o Martim Moniz.


No fim, apenas posso dizer que adorei a cidade. Ah, e quem me dera que houvesse Eurostar até Lisboa!!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Do it for the kids

Velvet Revolver, 25 Março 2008, Brixton Academy

É por isto que o Slash é o maior:



Eu vi, eu estava lá!

Mais de quinze anos depois, não consegui esconder o meu entusiasmo. Estar na mesma sala com dois dos meus ídolos de criança (3, vá lá...)e vê-los tocar ao vivo foi uma experiência muito boa. Os Guns n' Roses foram a minha primeira banda favorita, e o meu gosto musical foi altamente influenciado por eles. Birrinhas de vocalista à parte, eles eram um espectáculo, e ainda hoje guardo os vinis religiosamente. Posso passar tempos (leia-se anos) sem ouvir a músicas deles, mas ainda sei de cor todos as letras, musicas e até suspiros, gritinhos e falas de cada canção.
As coisas evoluem, e hoje posso dizer que gosto de Velvet Revolver. Não se pode comparar com GNR, porque são um projecto diferente, e como tal não acho que um seja superior ao outro. Em ambos a influência do Slash é inegável. E o espectáculo de VR ao vivo - para nunca esquecer. Slash arrasa completamente, rouba o palco a Scott Weiland, embora diga-se de passagem, o vocalista está extremamente à vontade no seu papel. Não admiro Weiland particularmente (as suas parecenças com o Axl são apenas nas birrinhas - mas acho que ainda tem muito a aprender com o mestre no que a isso diz respeito - de resto são totalmente diferentes, cada um com o seu talento), mas admito que encaixa perfeitamente na banda.
E enquanto aguardo que o novo album dos GNR (leia-se novo album do Axl e mais uns quantos tipos), o mais que famoso Chinese Democracy, apareça num dia de nevoeiro, vou-me deliciando com os VR. Receio é que quando Chinese Democracy sair, me volte a refugiar nos 2 belissimos albuns dos VR, para afogar as mágoas...

PS: Acabei de ler que o Weiland foi-se. A lavagem de roupa suja já começou! Onde é que já vi esta cena?