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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Moonwalk


Participei pela primeira vez num flash mob à uns dias atrás. Originalmente, o plano era ir até à guerra de almofadas que ia decorrer em Trafalgar Sq, mas quis o destino que acabássemos em Liverpool Street Station a dançar o moonwalk. Isto é um exemplo do poder da internet. Michael Jackson morreu numa quinta-feira. Na sexta seguinte de manhã, um tipo no Twitter escreveu qualquer coisa como 'e se prestassemos tributo ao rei da pop e fossemos dançar o moonwalk para Liverpool St station esta tarde?'. O que começou por uma brincadeira no Twitter, acabou por se tornar um evento de massas que acabou transmitido em directo em canais como a CNN. O tweet foir reenvidado (ou RT) e em breve chegou a muitas mais pessoas do que os normais seguidores da pessoa que originou a ideia. A ideia era simples, às 6 da tarde, na estaço, tentar reunir o maior número de pessoas a dançar o moonwalk. E nós pensámos, porque não? Troca-se as almofadas pelo moonwalk. E assim foi. Depois de uma viagem atribulada de metro lá chegámos ao nosso destino, e o número de pessoas já presentes na zona dificultou o encontro com alguns amigos que já lá estavam. Depois do reencontro, lá nos dirigimos para o meio da multidão. A minha estatura típica do sul da Europa não me deixou ver grande coisa. Valeu-me um amigo com uma altura mais digna que me ia relatando o que estava a acontecer. Mas ainda consegui ver umas luvas brancas no ar (à falta de luvas de brilhantes), e posters do rei da pop a emergir por todos os cantos. Pessoas em cima de cabines telefónicas e nas janelas dos edificios em volta tentavam vislumbrar o que se passava. Após alguns minutos de atraso (lá se foi a pontualidade britânica) começaram os primeiros acordes de Billy Jean, levando a multidão à loucura. Não sei se alguem fez o moonwalk, pelo menos eu não vi ninguem, embora muita gente tentasse sem muito sucesso. No entando, todos dançaram e cantaram, ou pelo menos tentaram. Não sendo própriamente fã do senhor, reconheço a contribuição dele para a música em geral (e também para correr tinta nos jornais sensacionalistas). Por isso, até foi com algum respeito, além do imenso divertimento, que participei nesta iniciativa que começou como uma brincadeira na net e acabou no noticiário da CNN. Pelo menos, para testemunhar o poder que a internet nos põe nas mãos.